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Forte Apache

road to whatever

Rodrigo Saraiva, 12.03.12

António Costa, o actual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e proeminente figura socialista com elevadas responsabilidades no período de Sócrates, decidiu compilar textos seus (artigos de opinião, discursos, etc.) e lançar um livro. Algo normal, e até banal, em quem tem ambições políticas. Podia-se analisar que uns decidem escrever algo novo e outros compilar textos, mas isso é irrelevante para uma primeira análise política. O que já não acontece com o título escolhido.

 

António Costa decidiu baptizar a obra de “Caminho Aberto”. E ao fazê-lo sabia muito bem que a pergunta teria que surgir: Caminho para onde?

 

Não é de agora que muitas pessoas apontam Belém como o objectivo de Costa e João Cravinho alinha na ideia. Costa quer fazer um remake a la Sampaio. Também sou daqueles que acreditam neste cenário. Mas não deixo de ver que muitos socialistas não querem facilitar a vida a Seguro. E caso este não sobreviva ao sufoco, visto que não tem demonstrado ter unhas para tocar a guitarra, alguém terá que ocupar o lugar de secretário-geral do PS. E nesse momento António Costa só tem duas opções. Ou assume uma candidatura a liderar o PS ou empurra um segundo Assis, demonstrando mais uma vez que antes do PS está o seu umbigo.

 

Por isso o Caminho Aberto é para whatever. E Costa sabe-o. E tudo isto lhe ocupa o pensamento. E por isso Lisboa, cidade que devia ser a sua primeira preocupação, tem vindo a perder qualidade para se viver, trabalhar e visitar.

 

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