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Forte Apache

Afinal existe dívida...

Fernando Moreira de Sá, 20.06.13

O CDS do Porto lançou um comunicado por causa das dívidas de Gaia e do Porto. Por vezes, os comunicados são bastante úteis para compreender algumas coisas. Uma das conclusões que resultam dos vários quadros desse comunicado é que o Porto, a Câmara do Porto, está com uma dívida de médio/longo prazo de 101 milhões de euros e Gaia com 156 milhões. 

 

Ora, Gaia tem mais 100 mil habitantes que o Porto e é quatro vezes maior em território. Ou seja, em termos reais, a dívida de médio/longo prazo do Porto é bem mais preocupante. Ou será que estou a fazer mal as contas???

 

Ainda vamos descobrir que a CMP afinal não é assim tão boa de contas como pintam. Vamos aguardar por mais comunicados para perceber melhor...

Rui Moreira e o CDS

Fernando Moreira de Sá, 30.04.13
"Rui Moreira tenta descolar do CDS" era o título de uma peça da TVI24. Ao longo dos últimos dias, o candidato Rui Moreira, através de recados na comunicação social e uma ou outra intervenção (de forma sempre indirecta), aparenta um desconforto e quase vergonha pelo apoio que lhe foi dado pelo CDS. Não percebo.
O CDS, como qualquer outro partido, terá os seus defeitos e as suas virtudes. Como já fui seu militante posso testemunhar que, independentemente desta ou daquela divergência - e tive/tenho muitas - no CDS encontrei excelentes pessoas, gente muito capaz e dedicada. Alguns bons amigos continuam por lá e um ou outro até apoia o seu candidato ao Porto. Sendo certo que muitos outros apoiam Luís Filipe Menezes. Ora, fica a minha pergunta: Rui Moreira tem vergonha de quê? Existe algum mal em ser candidato do CDS? Será que acredita que ainda existem almoços grátis?
Hoje, Rui Moreira tem vergonha do apoio do CDS e de ser o seu candidato. Ora, ele que já afirmou que o Porto é muito pequeno para si, não me admirava que amanhã sinta o mesmo sobre o Porto. Quem sabe se no dia seguinte às eleições autárquicas não o vamos ver a afirmar ter vergonha do Porto...

Quem é Paulo Morais???

Fernando Moreira de Sá, 26.04.13

 

No outro dia, um amigo de Lisboa dizia-me que o Paulo Morais é o Pacheco Pereira do PSD Norte. Errado. Por muito que não aprecie o Pacheco Pereira, nada me impede de lhe reconhecer uma enorme cultura geral. 

 

Alguns pensam que ele é jurista. Não, embora quem o ouça falar seja levado a pensar semelhante. É licenciado em Matemática (ramo Matemática Aplicada) e professor universitário (pelo menos na Lusófona). Foi (não sei se ainda é) militante do PSD e foi vice-presidente da Câmara Municipal do Porto com Rui Rio. Quando Rio o descartou da lista, tornou-se presença habitual na comunicação social graças a ter afirmado umas coisas sobre corrupção que, depois de investigadas (aqui entrou a famosa Maria José Morgado), deram em nada. Mais tarde, alegadamente, andou convencido que seria convidado por Passos Coelho (que apoiou) a candidato a deputado pelo Porto ou mesmo cabeça de lista por Viana do Castelo. Não foi. Coincidentemente, poucos meses depois, lançou um ataque forte, bem forte, sobre o Parlamento. Afirmando que a AR era um "centro de corrupção". Recentemente, escolheu como alvo Luís Filipe Menezes. Entende Paulo Morais que LFM deveria ser proibido de fazer campanha eleitoral no Porto, como se pode ler no Público, "Paulo Morais, acusa Menezes de «reincidir na legalidade decretada pelos tribunais ao continuar a fazer campanha eleitoral como candidato do PSD à Câmara do Porto». Uma vez mais, este matemático de formação entra pelo direito como se fosse especialista na matéria.

 

Quando vejo Paulo Morais na televisão ou nos jornais fico com a ideia que não conhece as fábulas de Esopo, em especial a do menino pastor e o lobo. É uma pena. Conhecendo, certamente deixaria de gritar tanto e de evitar cair no ridículo. Mesmo para um matemático aparentado de jurista.

Portugal no seu melhor!

Fernando Moreira de Sá, 15.04.13

De uma regra de limitação de mandatos (discutível, mas plausível) que visa evitar a perpetuação no mesmo cargo passa-se para uma interpretação extensiva da limitação de um direito político básico e, o que é pior, para uma campanha que invoca essa mesma interpretação extensiva visando claramente evitar a candidatura de pessoas concretas cuja vitória se antecipa difícil de travar no campo eleitoral.


Nem vale a pena entrar em grandes discussões. Agora, em Portugal, mandam os juízes. Os mesmos que, certamente entretidos com a política, demoram dezenas de anos a decidir casos como "Casa Pia", "Monte Branco", "Operação Furacão", entre muitos outros, demasiados, casos. Sem esquecer os "fazedores" das leis, os mesmos que preferiram não esclarecer a tempo e horas para, ironia do destino, mais tarde, virem para a praça pública (como o fez e faz Rangel) lançar palpites, dizer uma coisa e o seu contrário. Eu, no lugar de Paulo Rangel, andava envergonhado por ter sido autor de uma lei cuja interpretação suscita dúvidas a tudo e todos, que já resultou em, pelo menos, três interpretações distintas de outros tantos tribunais. Uma lei cuja interpretação, pasme-se, divide os seus autores - com a particularidade de Rangel ser o únicos, entre estes, que a entende/interpreta de forma extensiva...

 

Por isso, concordo plenamente com o citado post de André Azevedo Alves.

 

 

 

Nota: Uma breve e sentida nota para sublinhar o regresso do Luís Naves a esta (sua) casa. Que saudades, Luís!

O parecer e o que parece

Fernando Moreira de Sá, 05.04.13

O Rodrigo escreveu um post que, obviamente, subscrevo. Mesmo que tenha de lhe fazer um pequeno, minúsculo reparo, quase nada: foi preciso a coisa bater à porta, na capital do império, para acordarem para esta pequena maravilha. Ainda bem.

 

Realmente, Paulo Rangel escreveu uma lei que dá azo a várias interpretações e que está a ser interpretada de todas as formas e feitios pelos diferentes tribunais. Aliás, num excelente exemplo da qualidade dos nossos legisladores (e dos nossos tribunais), sobre a mesma lei temos tido uma coisa e o seu contrário no que toca a decisões judiciais. "Porreiro, pá".

 

No texto do Rodrigo existe uma coisa que me chamou a atenção: contratar um parecer de "Rangel, o advogado" para esclarecer "Rangel o legislador". Ora bem, não está mal pensado, não senhor. Até por "parecer" que, no que toca ao Porto (câmara) é algo que não será estranho. A tal ponto que, por vezes, no caso dos seus ataques à candidatura de Luís Filipe Menezes, não consigo perceber se Rangel está a falar na qualidade de legislador, na de político ou como profissional (na de prestador de serviços)...

Uma nódoa na revolução branca

Fernando Moreira de Sá, 02.04.13

O Movimento "Revolução Branca" - um nome que parece tirado de um qualquer manual de usos e costumes do KKK - recorreu aos tribunais para impedir as recandidaturas de autarcas. Até aqui, tudo bem. Um dos seus mais activos membros é um advogado de Matosinhos: Pedro Pereira Pinto. Nada a apontar. Até ver esta notícia e respectivo vídeo.

 

Nada que me espante. Olhando para boa parte dos principais mentores e promotores destes "movimentos", destes pseudo-independentes, fico sempre com a mesma sensação: o problema é "colinho". Tretas, portanto...

Concordando com o Bloco de Esquerda (de 2010...):

Fernando Moreira de Sá, 15.02.13

Em 2010, o Bloco de Esquerda publicou um documento no qual entendia, a exemplo do PCP, PS e PSD, que a limitação decorrente do artigo 1º da Lei nº 46/2005, de 29 de Agosto é restrita ao exercício consecutivo de mandato como presidente de órgão executivo da mesma autarquia local.

 

Deixo para vossa leitura:

Concordando com o PCP

Fernando Moreira de Sá, 14.02.13