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Forte Apache

Brincar ao jet-set...

Fernando Moreira de Sá, 30.07.13

 

 

"É como brincar aos pobrezinhos", explicava Cristina Espírito Santo na revista do Expresso. Confesso que mal li a coisa, no sábado de manhã, virei-me para quem estava comigo e avisei: "isto vai dar confusão e da grossa".

 

Não é preciso ser bruxo para o saber. Toda a reportagem (excelentemente bem feita, por sinal) tinha tudo para gerar invejas, sobretudo nas redes sociais. Obviamente, a Espirito Santo do momento colocou-se a jeito. A facilidade com que alguns endinheirados deste país cometem o erro de falar para a imprensa como se fossem íntimos da maralha costuma dar asneira. Confundem entrevistas nos jornais/revistas com as conversas no Gigi entre flutes de Moet. Na nossa vizinha Espanha é natural esta ligação umbilical entre jornalistas e jet-set. Abundam as revistas e os programas de televisão que fazem qualquer português normal corar de vergonha. Confesso que, nestas matérias, me sinto como o tolo no meio da ponte. Acho um piadão ao estilo descontraído e meio doido espanhol e considero uma enorme hipocrisia a nossa forma de ser perante estas banalidades.

 

Quando era miúdo costumava ouvir a comparação entre um português e um americano perante o Ferrari do vizinho. O meu pai, procurando educar-nos para a matéria, repetia-a vezes sem conta: o americano olha para o ferrari do vizinho e diz: "Vou trabalhar tanto que vou conseguir ter um carro como o dele" enquanto o português preferia outro caminho: "vê-se logo que anda metido no tráfico de droga". Somos assim e não vale a pena andar a lamentar. Porém, somos assim por uma razão tão grave e séria que nem o 25 de Abril conseguiu alterar: um americano que se esforce, que trabalhe de sol a sol consegue. Um português na mesma situação acaba por desistir pois não o consegue - é mal pago, não é reconhecido e vê histórias como as do BPN/BPP a desencorajar o seu esforço.

 

Eu até posso perceber o que queria dizer a Espirito Santo. O que não entendo é como ela foi tão "inocente". No fundo, tenho de concluir que ela, a exemplo de tantos outros compatriotas, desconhece profundamente o país onde vive. É pena e é um mau sinal.

Eu dou por adquirido, tu dás por adquirido, todos dão por adquirido.

jfd, 26.12.12

Parece-me Rodrigo; que nem querem comentar o Expresso do Nicolau, nem a Sic Noticias com o  Costa.

Eu não lhe chamaria azia, mas sim feitio.

Mas é bonito ver como Nicolau evoca 32 anos de jornalismo, para não chamuscar Costa! Haja amizade e compadrio.

 

Feio é saber sim, que muito do jornalismo que por aí anda é do que lhes é dado como adquirido. Oh pobre imprensa!

O Verdadeiro MST

Diogo Agostinho, 09.11.12

Este nosso comentador “independente” chega-nos das mais variadas formas no alto da sua capacidade de análise e independência anarquista que tanto gosta de cultivar. É na SIC generalista, o grande concorrente de Marcelo, é numa coluna de uma página no Expresso, ou mais recentemente na sua visão da última década que este país conheceu.

 

O Expresso, com artigos interessantes e outros mais “exóticos”, não encontro outra palavra capaz de descrever a reflexão sobre o novo milénio, que Miguel Sousa Tavares efectuou no passado fim-de-semana.

 

Ora, este nosso anarco-independente faz uma análise ao seu estilo. Com a superioridade moral à Louçã e com um “realismo” indescritível fala da Governação de José Sócrates como o grande legado de dinamismo e capacidade de mobilização da sociedade portuguesa. Ora, chega mesmo a levantar a grandiosidade deste homem com o seu pecado capital: as grandes obras públicas, que reformou este país, mas encontrou forças de bloqueio. A sério? Que modernizou, que deu um choque tecnológico, que foi a alavanca das renováveis, que defendeu Portugal. Que estava tudo muito bem, mas que coitado, pobre do rapaz deixou-se enredar por afrontar os poderosos. Por isso aconteceu Freeport e o caso da TVI.

 

É extraordinário o branqueamento dos 6 anos de Governo Sócrates que Miguel Sousa Tavares faz. Numa crónica que tem como intuito clarificar cada personagem e cada momento da vida no nosso País, MST deixa-se levar pela emoção de bem dizer e falar desse grande estadista que hoje habita essa bela cidade de Paris. E aqui demonstra bem que o menino de ouro foi levado em ombros por este independente comentador e os Dias Loureiros desta vida.

 

Assim reza a independência de Sousa Tavares...e que continue a ter esta liberdade de pensamento e afastamento de qualquer interesse ou facção. 

O casal gay, a criança, o juiz, o Henrique Monteiro, o bem e o mal.

Rui C Pinto, 27.10.12

O blogue chama-se "chamem-me o que quiserem". Ora, um texto que versa sobre um caso concreto, sem nunca assumir a discussão do dito caso pode adjectivar-se de dissimulado. Uma dissimulação exposta pela cobardia dos argumentos.

 

O problema é que um juiz decidiu nomear como tutores de uma criança um casal de homossexuais. O que se discute é o formalismo da decisão e a filosofia do juízo. Ataca-se a legitimidade de um juiz decidir quanto aos destinos de crianças, imagine-se!, e, de caminho, coloca-se em causa a própria agenda do juiz... Mas atenção, o que importa ao Henrique Monteiro não é se o casal tutor é gay ou não, como lembra no texto, mas antes se os juízes podem decidir sobre o bem e o mal, tanto mais que o diabo existe nos detalhes, e o yin-yang equilibra o universo em shangri-la. ♪♩♫ Pinheirinho, pinheirinho, de ramos verdinhos, ♩♫ p'ra enfeitar p'ra enfeitar, bolas bonequinhos... ♪♫

Serei só eu?

Filipe Miranda Ferreira, 13.09.12
 
Aquele que já foi um dos jornais de referência do país, o Expresso, brinda-nos com mais uma pérola na sua página do Facebook. Poucas horas após uma tentativa de agressão à Ministra Assunção Cristas, este jornal vem-nos perguntar se o fato de alguém atirar um ovo a um Ministro é uma forma de protesto aceitável.
Serei só eu que acha que isto é jornalismo de série Z?
Serei só eu que acha que não é este o papel da imprensa, pelo menos da séria, numa democracia moderna? 
Serei só eu que acha que qualquer forma de agressão a um Ministro democraticamente eleito não é aceitável?
Serei só eu?

Quando Abrantes se confunde com #$%/%!

jfd, 03.08.12

Os Abrantes são tidos como sendo prós (de chatos profissionais) e bem financiados para a me!da que escrevem.

Agora, quando se limitam a ser caixa de ressonância de um simples Marcelo wanna-be, via JN, e ainda por cima por este gozado; só me relaxo na cadeira a rir.

Abrantes & Expresso: o mix do Verão!

 

PS - não resisti e entrei definitivamente no mercado da publicidade a vermes. Sorry leitores.

Miguel Relvas ilibado pela ERC

jfd, 19.06.12

Lê-se assim no Expresso, edição on-line, hoje pela tardinha. Sim cara Catarina. O Expresso, sempre ele. Nutro porventura, da mesma simpatia que terás pela linha editorial, que considero paradoxalmente fora e, ao mesmo tempo, dentro do armário. Por vezes a veia de oráculo chega a ser por demais surreal.

Desta vez diz-se haver um relatório de técnicos da ERC. Desmentido por esta. Mas aquele terá ainda de ser votado naquela. Claro está que é facto jornalístico realçar que o Ministro tem na ERC uma amiga. Facto do mais relevante que existe. Enfim. Mas o que espera o jornalista do Expresso? Que a ERC vote contra um alegado documento contendo factos que a própria encomendou? Documento esse que vai de encontro aquilo que o Expresso fez questão de fazer rodar e rodar nas suas páginas? Até gente anónima de esquerda estranhou tanta afinidade com o assunto!

Quero acreditar que a ERC não é o Público, e que na ERC não se passará aquilo que naquele diário passou cá fora e indignou muito boa gente.

 

Ricardite Costite*

jfd, 12.06.12

*prurido na pele não aconselhável a coçar pelo agravamento dos sintomas e possível demência, principalmente junto do séquito e crentes mais fervorosos incluído aquele que não acreditando, têm de acompanhar e dizer que; Sim Meistre.

 

rcosta@expresso.impresa.pt diz no último Expresso que Somos todos como o Joe. O Berardo. Aquele que ele invoca quando lhe dá jeito. Diz tanto numa pequena coluna que nada interessa. Tanto escorre como a bílis do vil desejo de atacar quem tenta corrigir o rumo de um país outrora desgovernado (e estranhamente tão longíquo de tal coluna), que parece não ter sido ele quem se masturbou com delícias como esta:

Caso para se dizer; Água.

No creo en brujas, pero.....

Fernando Moreira de Sá, 03.06.12

 

A edição de ontem do Expresso é digna de figurar no Guinness.


Menciona 83 - oitenta e três vezes - o nome de Miguel Relvas em 17 páginas directa ou indirectamente relacionadas com o chamado 'caso Relvas/secretas' no primeiro caderno, economia e revista. Um autêntico recorde. Editorial, cartoon do António, Madrinha, João Garcia, Daniel Oliveira, Luís Marques, cartas ao director (incluindo carta da semana), comendador Marques de Correia, seta para baixo no suplemento economia. Só falta acusarem-no do massacre na Síria. E darem-lhe bola preta na crítica de cinema.

 

A minha dúvida agora é outra. Será que o Expresso está apostado em fazer de Miguel Relvas um Cristo? Eu não quero alinhar em intrigas. Contudo, o Expresso a continuar assim vai fazer mais pela imagem de Miguel Relvas que qualquer campanha encomendada a uma boa empresa de comunicação. Com tanta página dedicada, com tanta "porradinha" no ministro, a malta já começa a considerar que algo de muito estranho se passa. Ainda ontem, numa animada tertúlia, um bom amigo de esquerda afirmava que isto é uma campanha a favor de Miguel Relvas. Independentemente da qualidade do tinto duriense que circulava, começo a ficar tentado a acreditar - aliás, foi ele que se deu ao trabalho de contar as vezes que o Expresso, só nesta edição, se referiu ao ministro.

 

Como dizia o outro: "No creo en brujas, pero que las hay, las hay"...