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Forte Apache

Finalmente!

Judite França, 04.01.13

Mais de um ano e meio depois do Governo tomar posse, Santos Pereira e Vítor Gaspar divergem publicamente (ainda não frontalmente), algo muito comum entre os ministros da economia e das finanças noutros Executivos - e faz sentido que assim seja: um quer gastar, o outro poupar (tarefa árdua teve Pina Moura, claro).

Só que entre Álvaro e Gaspar o tempo foi sempre ameno: logo no início houve ali um diz-que-disse, mas passou rápido.

E agora, finalmente, estamos perante uma potencial «cat fight» (não no sentido literal...). O período de transição até aos 12 dias de indemnização vai ser um «prato cheio», com o ministro da Economia - depois de ultrapassado por Gaspar - a insistir na recta: quem ganha o despique?

«Não passa na cabeça de ninguém pôr em causa o acordo social»

Há esperança

Judite França, 03.01.13

Hearst Corp., publisher of Cosmopolitan, Elle and Road & Track among other titles, now has 800,000 paying digital subscribers, according to President David Carey.

 

Se este for o caminho, há esperança:

 

O presidente da Hearst Corp garante ter 800 mil assinantes digitais (assinaturas pagas) entre aplicações para iPads, Kindle, Android, Nooks.
Mais: 80% desses assinantes são novos no grupo Hearst e o número único de visitantes aos sites da Hearst cresceram 30% em 2012 (impressionante). Conde Nast, uma das maiores rivais da Hearst, tem 500 mil assinantes e 1,5 milhões de clientes que optam por uma combinação digital/impressa. O «The New York Times» tem 592 mil assinantes digitais em outubro de 2012.

 

Os números nunca serão comparáveis com Portugal. Mas o movimento/comportamento dos leitores é: claro que estamos atrasados uns anos.

Aquilo que acontece lá nos media - e no campo do digital isso é notório - acontece cá com um «delay» de vários anos (mas a distância têm sido encurtada).

Portanto, há esperança, enquanto por cá os números de vendas de jornais caem em quase todos os generalistas («Correio da Manhã» é exceção).

 

 


PS: eu não faço resoluções de ano novo. Houve um autor na faculdade que acabou de vez com festejos entusiásticos em relação a passagens de ano, datas redondas ou capicuas, eliminando simbolismo ou superstição. Só não dispenso o champanhe. Mas isso é porque gosto... bom, voltando às resoluções - não as faço, não penso em mudar nada porque vira o calendário. Mas vou quebrar essa regra: esforçar-me-ei para escrever com regularidade no Forte. Tenho sido um cowboy fraquíssimo e, aos companheiros de figas e pistolas, as minhas desculpas. Mas foi a única resolução que me passou pela cabeça ao primeiro dia de janeiro, e espero cumprir.

 

 

Salvé, companheiros de Forte

Judite França, 09.11.12

Sou uma companheira de forte que deixa muito a desejar: passo temporadas ausente e não escrevo tanto como devia. Bem sei. Mas sei que estou no sítio certo quando leio este blogue sobre as declarações de Isabel Jonet e, em vez da fogueira onde se queimam as bruxas, há comentários sensatos e compreensivos em relação a um momento televisivo infeliz, mas que não destrói o trabalho à frente do Banco Alimentar Contra a Fome.

«Para-me agora», senão eu não consigo

Judite França, 26.10.12

 

Ornatos Violeta, ontem, no Coliseu de Lisboa, foi tudo o que os fãs podiam esperar. E muito mais.

 

 

 O CM escreveu na edição de hoje que foi uma «eucarista do rock»; de facto, a unanimidade dos fiéis que se juntaram para ouvir uma banda que acabou há mais de dez anos vai para além da geração que ainda cresceu com o Manel dos Ornatos e sempre ficou com um 'sabe-me a pouco', apenas com dois álbuns gravados e pouca hipótese de os ver ao vivo. Muitos nesse rebanho começaram a ouvir a banda já ela tinha acabado.

 

Mais de dez anos de interregno ajudam a agigantar a banda. Mas não é só isso. Eles entregaram a alma ali em palco, sem artifícios, como a Rita Leça, neste texto, descreve com exatidão. (as fotos, como a usada neste post, são do Nuno Miguel Silva)

 

Para mim, o gosto de ouvir Ornatos, um rock com sotaque do Porto - com aquela garra que tantas bandas nascidas na Invicta mostraram à partida, e que esta ainda conserva quando se junta em palco -, é um bâlsamo nos dias que correm.