Ponto de viragem na queda da economia portuguesa.
Apesar da maioria da opinião publicada e comentada em Portugal, por ser controlada e formatada à esquerda (repetindo até à exaustão, todos os dias, variações das teses do PC, BE e dos amigos do Mário Soares), criar e divulgar narrativas antidemocráticas de derrube do Governo com o objectivo de impedir o ajustamento orçamental e a reforma do Estado que lhes retirará acesso ao Estado sobredimensionado que têm ocupado ao longo desta IIIª República, a verdade é que o tempo não pára e a realidade desmente os seus desejos.
Ontem, Vítor Gaspar decretou o fim do primado da consolidação orçamental. Realizado o ajustamento externo e conquistado o regresso aos mercados, o Governo quer iniciar uma nova fase de investimento, crescimento e criação de emprego.
E como é no sector privado que está a solução para sairmos das dificuldade económicas em que estamos, para começar, a estrela do pacote de medida é um "supercrédito fiscal", um novo passo da nova fase que irá caracterizar os próximos dois anos da legislatura: relançamento do investimento e à criação de emprego, sobretudo para os jovens.
As medidas aprovadas incluem incentivos fiscais ao investimento, o Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento (CFEI) que poderá, no limite, reduzir a taxa efectiva de IRC para 7,5% face aos atuais 25% a que são tributadas as empresas. O ministro anunciou ainda um novo Reforço do Regime Fiscal de Apoio ao Investimento, o Alargamento dos Benefícios Fiscais ao Investimento de Natureza Contratual, Redução do Prazo de Resposta de Informações Vinculativas e a Criação do Gabinete Fiscal do Investidor Internacional, tudo medidas que faziam parte do plano apresentado há um mês por Álvaro Santos Pereira e que representam "um incentivo fiscal ao investimento sem precedentes em Portugal".
Depois de depois anos de austeridade, aproximam-se dois anos de investimento e criação de emprego, mantendo o défice controlado.
De facto, para a nossa imprensa conservadora de esquerda, a realidade é reaccionária.