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Forte Apache

O ódio jacobino

Maurício Barra, 27.05.13

O ódio jacobino pela diferença de opinião nasce do pecado original do desprezo pela democracia. O anátema que MST atribuía ao Presidente da República é um deslize exemplar de um comentador frequentemente desbocado que exprimiu o rancor que está no ADN da esquerda, hoje marxista, que desbordou do PC e BE para a ala irresponsável que habita o canto esquerdo do PS.

Os nossos bisavôs viram isto nas últimas duas décadas da Monarquia, os nossos avôs viram a sua reedição aumentada no nojo que foi a palhaçada de democracia da Iª República. A tal que criou as condições e motivou o apoio à ditadura de Salazar.

Hoje, enfrentando o resultado vergonhoso do uso capião de décadas de poder que nos levou à bancarrota, esta esquerda marxista vê-se encurralada nas circunstâncias que ela própria criou: não há nem haverá dinheiro para sustentar os projectos ideológicos que impuseram aos portugueses, e estes já não estão dispostos a continuar a pagar desperdícios estatizantes.

Assim, e antes que os portugueses assumam que não são “ o cavalo do inglês “ e reflictam seriamente sobre o modelo de regime do qual só têm sofrido as consequências, a aliança jacobina quer condicionar a democracia, impedir o seu funcionamento representativo, e, na rua, nos jornais que controlam, nas televisões de todas as noites, tentar esboroar o poder legitimo para que este não cumpra as soluções acordadas que viabilizam a nossa permanência na Europa, porque essas mesmas soluções são a consequência e a causa que inviabilizará a sua estratégia de poder.

Quando o Presidente da República garantiu que, com ele, a Constituição é para respeitar e que um Governo eleito e maioritário tem de cumprir a legislatura, o jacobinismo dos “usufrutuários da Pátria” explode, porque para eles os republicanos não são todos iguais. Uns são mais iguais do que outros.

O que, obviamente, é verdade. Pelas más razões.

Muitos deles têm uma perspectiva muito limitada da democracia.

 

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