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Forte Apache

O grau zero da democracia

Maurício Barra, 04.06.13

O grupo anti.troika e anti.euro ( PC, BE , esquerda marxista republicana do PS ) quer, declaradamente, corromper a democracia representativa em que vivemos, provocando a queda do Governo na rua. O que se passa neste momento em Portugal está no limite da insurgência insurreccional, incluindo arruaças permanentes atingindo a liberdade de expressão dos membros do Governo, eleitos livremente pelo povo português.

Estas acções coordenadas por grupos organizados, alguns sob a capa sindical, representando uma minoria dos portugueses, tem uma agenda diária de agitação e propaganda puramente ideológica, a qual encontra na maioria da imprensa, cujas redacções ocuparam pacientemente durante anos a fio, o megafone perfeito para as suas acções, simulando uma situação insurreccional que não corresponde à realidade ( tal como se comprovou com as  pequeníssimas “grandes” manifestações do passado fim de semana ).

A insatisfação que existe em relação ao Governo é, obviamente, e sobretudo, democrática, o que pode ser comprovado pelas sondagens que periodicamente são publicadas. E o debate permanente dos partidos democráticos sobre a situação política tem observado os princípios democráticos do debate político, com interpretações diferentes sobre o momento político, mas partilhando uma plataforma comum de pertença à União Europeia, à União Monetária do Euro e à Nato.

Mas este tipo de debate não interessa a quem não é democrático, não interessa aos perdedores do PREC que quiseram conduzir Portugal a uma nova ditadura depois de termos conquistado a liberdade em 1974.

O que vemos hoje na rua é o grau zero de democracia por parte da esquerda não democrática. O que, ao contrário das suas intenções, a irá separar definitivamente da esquerda democrática, deixando de a coagir ideologicamente (*) como o tem feito ao longo dos últimos trinta e nove anos.

 

(*) impedindo que a separação das águas seja feita entre democratas e não democratas, impondo à maioria democrática do partido socialista uma agenda  de “ esquerda” exterior ao partido, controlada ideologicamente por  uma minoria antidemocrática herdeira da “ verdadeira esquerda de Cunhal”.

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