O ano grego
Este ano, na habitual revista anual sobre os acontecimentos mais relevantes, a Grécia ocupará o topo das preferências.
Desde o ano passado que ouvimos, lemos e comentamos sobre o que se passa no país dos Deuses antigos, só que desde o Verão que Portugal se veio meter ao barulho.
Agora vem mais uma novidade daquele lado : Papandreou quer organizar um referendo sobre o pacote de austeridade. No fundo é dar a quem tem de pagar a dívida a possibilidade de escolher o caminho. É óbvio que a Europa não viu com bons olhos esta opção tomada, mas é estranho que Sarkozy tenha dito que a Grécia nunca deveria ter entrado na zona euro e agora torça o nariz a esta posição do PM grego. É verdade, com quem se vai reunir Papandreou? com Merkel e Sarkozy. Barroso, Vam Rompuy ou Ashton são figuras fora do baralho no que toca a resolver problemas relacionados com a Europa.
E os restantes países também estão fora....
Sobre a medida do PM grego tenho a dizer que é bastante corajosa e dá o poder aos cidadãos. Não é disso que se trata a democracia? Por outro lado, esta é uma medida arrojada que pode ter custos grandes para a Grécia mas também para a Europa.
Uma coisa é certa : aquilo que for decidido não vai resolver o problema grego.
Já estou a imaginar milhares de Assembleias populares a se organizarem em Atenas e afins.