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Forte Apache

Homenagem a Gonçalo Ribeiro Telles e o porquê de não sermos uma monarquia.

João Gomes de Almeida, 05.12.11



O Gonçalo Ribeiro Telles é o homem que conheço com maior capacidade de luta pelos seus ideais e de coerência no discurso político. Foi o primeiro dos ecologistas em Portugal e é o primeiro entre os ecologistas em Portugal. Professor na verdadeira acepção da palavra e um servidor público de primeira linha. Irreverente, combativo e lutador, desde o primeiro dia, contra a destruição da identidade e património natural e cultural de Portugal.

Realista e democrata, fundou e presidiu ao Partido Popular Monárquico, a única instituição monárquica que na história da república portuguesa lhe fez verdadeiramente frente - juntamente com nomes enormes da nossa história recente, como Henrique Barrilaro Ruas, Augusto Ferreira do Amaral, João Camossa e Luís Filipe Coimbra. No PPM foi deputado pela Aliança Democrática, onde também foi Ministro da Qualidade de Vida.

Lisboeta e apaixonado por Lisboa, nessas duas qualidades, fundou o Movimento Alfacinha em 1984, tendo sido candidato à presidência da Câmara Municipal e eleito vereador. Tempos mais tarde fundou também o MPT - Partido da Terra, do qual é presidente honorário desde 2007, por obra e reposição da verdade do Pedro Quartin Graça.

Actualmente, é a consciência crítica e lucida da praxis política portuguesa e dirigente do Instituto da Democracia Portuguesa.

Um dia, num jantar em casa de um amigo em comum, disse-me: "João, sabes porque é que nunca restauramos a monarquia em Portugal?", encolhi os ombros e perguntei: "porquê Arquitecto?". Ele riu-se e do alto dos seus oitenta e muitos anos respondeu: "quando estava no PPM nunca tive tempo de tomar um café com cada português". Dou-lhe inteira razão.

Esta homenagem é mais do que merecida, mas mesmo assim, nunca Portugal conseguirá dar ao Gonçalo aquilo que ele já deu a Portugal. Deixo-vos ficar o programa.



 ENTRADA LIVRE

 

6 DE DEZEMBRO DE 2011
FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN • AUDITÓRIO 2


09h30 Abertura

Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente do Centro Nacional de Cultura
Emílio Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian

 

10h00 O HOMEM
António Barreto, Eduardo Lourenço, Guilherme d’Oliveira Martins

 

11h35 O POLÍTICO
Augusto Ferreira do Amaral, Luís Coimbra, Diogo Freitas do Amaral

 

14h30 O PROFESSOR
Carlos Braumann, Aurora Carapinha, Ário Lobo de Azevedo

 

15h50 O VISIONÁRIO
Manuela Raposo Magalhães, Nuno Portas, Margarida Cancela d’Abreu, Viriato Soromenho Marques

 

17h10 Depoimentos

Duque de Bragança, Miguel Sousa Tavares, Pedro Roseta, Maria Calado, Alberto Vaz da Silva

 

18h00 Encerramento
Mário Soares, Gonçalo Ribeiro Telles

 

 

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