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Forte Apache

saudades da mordaça

Rodrigo Saraiva, 06.09.11

Nos últimos dias tem sido notícia, conversa e comentário, o facto de algumas personalidades do espectro PSD e CDS, criticarem opções do actual Governo, em especial as de âmbito fiscal.

Agarradinhos ao osso lá andam aqueles que defenderam o anterior governo a fazer ressonância a essas criticas. Mas percebe-se que situações destas lhes façam atarantação. Durante os 6 anos socráticos incentivaram ou obedeceram à lei da mordaça. O que o chefe dizia era doutrina, o que o chefe fazia era lei.

Citando para os distraídos:

Fernando Moreira de Sá, 06.09.11

"Em consonância com o PAEF, o Governo reconheceu, no seu programa, a urgência da redução do “Estado Paralelo”, normalmente identificado por institutos, fundações, entidades públicas empresariais e empresas públicas ou mistas ao nível da administração central, regional e local, definindo que nos primeiros 90 dias de governo, com base num levantamento da dimensão deste “Estado Paralelo” serão definidas as opções de extinção, de reorganização, de privatização ou de reintegração na administração direta das entidades que o constituem, sempre visando uma melhoria dos processos e simplificação das estruturas organizativas consideradas dispensáveis, de dimensão excessiva ou cujas tarefas e funções se encontram sobrepostas na estrutura do Estado, e introduzir alterações legislativas necessárias para melhorar a sua monitorização e operação.

 

Esta ação deverá estar concluída até final de Dezembro de 2011 e com base nos seus resultados a administração (central, regional ou local) responsável pela entidade ou pelo seu financiamento tomará as decisões consequentes com a avaliação, até final do segundo semestre de 2012, em conformidade com a lei, tendo em vista a racionalização do número de entidades".

 

(Documento de Estratégia Orçamental 2011-2015)

Primeiro post do resto da nossa vida.

João Gomes de Almeida, 06.09.11

 

Somos o espelho do nosso país: tentamos esquecer o passado e seguir em frente, com novas políticas, novos protagonistas e novos objectivos. A diferença, substancial por certo, é que nós acreditamos que é possível.

Sabemos que o caminho não é fácil, aliás nunca o foi, mas temos o ónus de cedo termos alertado para o facto de que um fraco líder faria fraca a forte gente. O velho líder fugiu para Paris e nós aqui ficámos, a defender a forte gente - aliás, nunca negámos  sermos o lado negro e sofredor da pátria. A diferença, por certo, é sermos verdadeiramente patriotas.

 

Obrigado por aqui estar e um abraço a todos os amigos. Aos Abrantes deixo um recado: vocês sabem que eu sei que nós sabemos que vocês sabem que o povo não se esquece que foram vocês que colocaram o país no charco. O povo é livre, não se esqueçam.

Indios que merecem loas

José Aguiar, 05.09.11

 

Das Terras do Sado, já nos idos de 2006, saiu este tinto absolutamente genial que homenageia o chefe Sioux “Crazy Horse”. Cheio de raça e de garra - e com uma entrada na boca de colocar um regimento em sentido - é no final, longo e cheio, que o saboreamos devidamente.

 

No contra-rótulo lê-se:

 

“Cavalo Maluco (Crazy Horse) foi um grande chefe Sioux que resistiu à ocupação e destruição das terras e cultura do seu povo, permanecendo fiel aos seus valores e códigos de honra, pelos quais deu a vida. Uma personalidade potente e intensa, indomável e irreverente, mas também sensível, gracioso e elegante, como este vinho que assume o seu nome. Um vinho que é uma força da natureza e que presta homenagem a todos os "Cavalos Malucos", apaixonados e desassombrados, que pensam pela sua cabeça e trilham o seu caminho, com paixão pela diferença. Cada ano de Cavalo Maluco presta homenagem a uma personalidade que se identifica com este espírito"

 

Com todos os Apaches no pensamento, em especial aos sentinelas da guarita: à Vossa!

POTE

Rui C Pinto, 05.09.11

A minha geração sofre de uma disfunção psicomotora: perturbação da orientação temporal (POTE). Trata-se da dificuldade de organizar temporalmente conceitos e eventos. Na prática é um cabo de trabalhos, como é que vos posso explicar? É como evocar o Forte Apache e imaginar o Chuck Norris, estão a perceber? Penso em Forte Apache e surge-me o Chuck Norris, de calças à boca de sino, desferindo golpes de kickboxing a elementos da tríade vietnamita com moicanos coloridos. Aflitivo.

 

Os conceitos estão todos misturados e já não obedecem a relações de espaço e tempo. Lá fui googlar o disparate e, duh!, o Chuck não tem nada a ver com westerns. O Clint Eastwood é que é o cowboy à séria. E que nos diz o Clint sobre os romances do faroeste?

"People love westerns worldwide. There's something fantasylike about an individual fighting the elements. Or even bad guys and the elements. It's a simpler time. There's no organized laws and stuff."

Podia ser o discurso de qualquer candidato à eleição do Partido Republicano, num comício do Tea Party, mas não. É Clint Eastwood: o improvável ideólogo do GOP para as eleições de 2012.