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Forte Apache

Negócio de Estado.

Pedro M Froufe, 29.02.12

Dinheirinho vs. Autorização de residência!

 

O exemplo irlandês, neste particular, é muito interessante! Esta ideia, uns tempos antes, teria dado especial jeito a várias pessoas…por exemplo, Kadhafi, Mubarak. E até era capaz de ser um negócio que excederia as expectativas do Governo irlandês (por exemplo, o ex-ditador líbio parece –  segundo o que foi veiculado, na época, na imprensa, – que tinha umas contas e umas  aplicações muitíssimo consideráveis na “nossa” Caixa Geral de Depósitos).

 

Será que poderemos aproveitar a ideia?

Quem é que estará interessado (excluindo ex-ditadores e/ou “cidadãos do mundo”, com problemas com a justiça dos seus países de origem) em comprar uma autorização de residência aqui, em Portugal, mediante a aquisição de 2 milhões de títulos da nossa dívida pública?… Bom,  bem vistas as coisas, quanto é que vale o nosso tão precisoso sol? E o clima sempre ameno? E a gastronomia? E, e…..

Justiça para Barros Basto

CAA, 29.02.12

Hoje de manhã, a 1.ª Comissão Parlamentar (Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias) aprovou por unanimidade o Parecer da minha autoria acerca da Petição que pede a reabilitação póstuma do capitão Artur Barros Basto, vítima de segregação político-religiosa em 1937. Foi, ainda, incluída uma alteração que reforça a atenção da 1.ª Comissão sobre o desenvolvimento ulterior do processo. Um primeiro passo no sentido da boa solução de uma vergonha que se arrasta há demasiado tempo.

A gaforina de Jesus

José Meireles Graça, 29.02.12

Não lobrigo razões para  infirmar a tese, se não fosse pela referência ao cabelo  "maravilhoso" de Jorge Jesus.


É que, ainda que o tema seja a existência de Deus e por isso a invocação de Jesus não seja um despropósito, a descrição daquela gaforina como "maravilhosa" lança sérias dúvidas sobre a pertinência dos outros argumentos.

As quatro desonestidades

José Meireles Graça, 29.02.12

Ninguém, nesta história da austeridade versus crescimento, é inteiramente honesto.


A austeridade diminui o consumo e a diminuição do consumo diminui o PIB e as receitas fiscais, mesmo que com agravamento da carga fiscal nominal.


Diminuindo as receitas fiscais, a dívida pública percentual aumenta, tornando-se insuficientes os cortes na despesa pública; novos cortes, por sua vez, diminuem o consumo, que diminui etc. etc.


Toda a gente entende isto. E face ao espectáculo deprimente da Grécia que se afunda a cada mês, com "apoios" e cortes que alimentam esta máquina infernal, boa parte dos apoiantes do Governo (este escriba incluído) tem este pesadelo por trás das declarações convictas da justeza do nosso caminho.


Esta a primeira desonestidade: fingimos que não temos dúvidas.


No reajustamento em curso, muitos dos apoiantes do Governo (este escriba incluído) dizem para si que, mesmo que a estratégia não resulte, a reforma do Estado ficará sempre como adquirida, sendo ela necessária, como é, qualquer que seja a solução. Mas isto não é claramente assumido - e esta é a segunda desonestidade.


A esquerda comunista (incluindo a menchevique que o BE julga não ser) esfrega as mãos: nos tempos negros da miséria e depressão pode nascer a flor da Revolução no entulho. Essa flor nunca nasceu, nem pode, num ambiente económico estável e sob um regime democrático.

A receita do "não pagamos" (Islândia nihil obstat, os nossos bancos endividaram-se para além do razoável com crédito ao Estado, à habitação e ao consumo, não principalmente com especulação) não é uma alternativa inteligente para a gestão do capitalismo, é a criação de condições permanentes de autarcia económica nas quais soluções autoritárias e radicais anti-capitalistas poderiam ver a luz do dia. Mas isto os Jerónimos e Louçãs não dizem: queremos melhorar a UE, a economia e o sistema capitalista a pontos de, quando estiverem perfeitos, terem desaparecido. E esta é a terceira desonestidade.


A esquerda social-democrata não ousa renegar o MoU, mas finge acreditar (ou, nos casos mais graves, acredita mesmo) que é possível cumprir o Programa que assinou e ao mesmo tempo garantir um módico de crescimento, via despesa pública. E esta é a quarta desonestidade. A mais patética, de tão transparente, mas nem sempre o ridículo tira votos.


Não tenho nem terei responsabilidades políticas, a opinião dos meus concidadãos não condiciona a minha, o que escrevo não atrasa nem adianta a vida de ninguém, se estiver enganado não é a primeira vez, mas honesto gosto de ser: e por isso não escondo que acho que, sem o fim do Euro, pelo menos para os países do Sul, nada se resolverá de permanente.


Chamem-me, se quiserem, o Bruxo de Fafe.

Coisas que brilham.... logo!

Pedro M Froufe, 29.02.12

Passos Coelho defendeu a ideia de que o Estado, mais do que prestador directo de serviços (no fundo, "Estado-fornecedor"), deve assumir-se como um "Estado-garantia". Esta ideia-chave é fundamental, no âmbito das discussões mais ou menos académicas, mais ou menos políticas-operativas, sobre o Estado/respectivas funções e natureza. Ademais, é conciliável com a tradição europeia de "Estado-Providência" (melhor, poderá ser a única forma viável de, agora, garantir-se a respectiva subsistência). Pese embora, no que respeita aos exemplos/sectores escolhidos para ilustação desta ideia (Saúde e Educação), dificilmente e segundo o que se depreende das palavras do próprio Primeiro-Ministro, o Estado poderá deixar de ser fornecedor. Diríamos, com uma especial garantia de qualidade do respectivo fornecimento.

 

Esta ideia é fundamental e é aquela que poderá ter mais implicações estruturais/ser um contributo mais decisivo para um novo paradigma (... lá vem o velho e gasto, nos dias que correm, chavão!) de Estado.

 

Aposto, contudo, que aquilo que vai chamar mais a atenção dos jornais e suscitar mais manchetes será a questão da redução do número de deputados! Como já se vê, aqui, pelo título desta peça ("Passos Coelho quer menos deputados...")

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