«Se o pensamento pode corromper a linguagem, a linguagem também pode corromper o pensamento.»
George Orwell
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
«Se o pensamento pode corromper a linguagem, a linguagem também pode corromper o pensamento.»
George Orwell
O encontro promovido pelo Pai Fundador entre as esquerdas (aos 88 anos podia ter-lhe dado para outras coisas que não a tarefa de cupido) tem já algumas conclusões antecipadas:
- Precisamos de mais despesa, menos impostos, mais défice e menos dívida.
- O governo é mau porque é neoliberal (elaborar isto é complicado, pois teríamos de começar por explicar o que é o adjectivo que se imputa ao sujeito, o que é capaz de demorar).
- O BCE, Hollande e o SPD vão ajudar-nos (esta passa com abstenções de braço no ar de elementos estalinistas e trotskistas. Miguel Tiago e Ana Drago saem da sala antes de se votar).
- Vítor Gaspar é fanático.
- O PSD não está com o governo, basta ouvir a Manuela Ferreira Leite para se perceber isto.
- O CDS não aguenta o barco por muito tempo.
- Precisamos (as esquerdas individualmente) de fazer qualquer coisa, talvez um congresso ou outro encontro.
- Jorge Jesus deve continuar porque o Benfica passou a disputar os títulos até Maio.
Ele próprio avisou: “ O Dr. Manuel Damásio fez a fineza de me avaliar e assegurou com estou a recuperar”. Desejamos que sim. Mas vou supor que, afinal, é um sim que ainda é um bocadinho não. Porque, somadas às mais diversas insanidades que frequentemente distribui à alacridade dos repórteres amigos, é a única explicação para os preparos em que se agora se meteu, qual balhelhas que de repente se encontra sentado à mesa de uma qualquer reunião do politburo que existe ali para os lados da Soeiro Pereira Gomes.
Eu sei que a cena é felliniana, mas não consigo evitar a tentação de visualizar as bochechas do ícone num travelling no qual revisita ao seu Amarcord pessoal, num retorno neo-realista à sua juventude comunista. Mas, com alguma tristeza, caros leitores, neste caso “senza donne vollutuose”, com que Federico decerto nos deliciaria.
Mas continuemos a conceder bonomia à crítica necessária.
Em 2013, num país europeu que pertence à União Europeia e à sua União Económica e Monetária, haver um cavalheiro que conquistou os seus pergaminhos na IIIª Republica a defender a democracia contra os comunistas, civis e armados, que em 1975 quiseram instituir uma nova ditadura após a recente liberdade que o 25 de Abril nos ofereceu, estar agora a dinamizar “ um encontro de ideias ” da minoria dos que nunca aceitaram a democracia representativa, para conjugar acções de derrube anticonstitucional do Governo legitmamente eleito, é a confirmação de que a consulta ao Dr. Damásio tem de se efectuar com mais frequência.
Pode ser que ele lhe esclareça que ser o tio Peppone da esquerda marxista do arco antigovernamental e antieuropeu é um papel ridículo que só existe na sua imaginação, apesar de concedermos o desconto ao facto de que ser republicano, evidentemente, não é sinónimo de ser democrata. E que, incluído nas mezinhas a receitar pelo Dr. Damásio, sugira que tenha comiseração por si próprio, porque a história vai recordá-lo como ele realmente é. A personagem de antes de ontem, de ontem e de hoje. Arauto da democracia, o primeiro primeiro-ministro da bancarrota, presidente da república atolado em Macau por Mateus com a mão na massa, perdedor de eleições pelo voto dos portugueses e, agora, de mão estendida a pedir migalhas a quem sempre o desprezou.
«Não é pelo facto de os homens serem bípedes que 50 homens são uma centopeia.»
G. K. Chesterton
O Presidente francês, François Hollande, afirmou hoje que "a Comissão (Europeia) não dita" o que a França tem de fazer, depois de Bruxelas ter pedido a Paris que iniciasse a reforma das pensões este ano. (...)
A Comissão Europeia prestou uma justa homenagem a Diogo Vasconcelos. Um homem que em vida lutou por uma verdadeira agenda de inovação para Portugal. Fica um reconhecimento merecido.
A discussão começou no Jornal de Negócios, passou pelo Forte, aterrou no Imagens de Campanha e na Briefing e agora continua no Aventar.