Terá valido a pena?
Hoje os soldados americanos guardaram a última bandeira que representava a ocupação norte-americana em Bagdad. Já Barack Obama tinha ido ao Iraque para confirmar a promessa que havia feito aquando da tomada de posse: acabar com a presença dos EUA em território iraquiano.
Volvidos nove anos da guerra iniciada por W. Bush, é importante fazer aquela pergunta que está no título, até porque em 2011 temos assistido a uma revolta no mundo árabe.
Ninguém tem uma bola de cristal, mas será que os regimes políticos ditatoriais não acabam sempre por cair? É o que a história nos tem ensinado e provado. Assim, é importante reflectir se não faria bem a W. Bush ter esperado e deixado nas mãos da população a iniciativa de derrubar o então ditador Saddam Hussein. Se Kadafi morreu às mãos do seu próprio povo, Saddam também não conseguiria resistir a uma revolta popular.
É crucial que se faça esta leitura porque morreram 4500 soldados americanos, fora os iraquianos que perderam a vida na guerra sem saber porquê.
Desta guerra e daquilo que o mundo árabe está a viver neste virar de década convém que se retire esta lição: a força de uma população é bem mais temida e eficaz que o recurso às armas.
Até porque o objectivo principal da invasão do Iraque em 2003 era derrubar Saddam Hussein e não propriamente acabar com as armas de destruição massiva que nunca foram encontradas.