Diário de ideias soltas (5)
Luís Naves, 13.09.11
Transeuntes
O que fica da vida vai ficando
é encolher os ombros e ir andando.
O polícia suspira, não há nada para ver
circulem, circulem, vamos a mexer
e a multidão passa, deita a vista
olha com a curiosidade do turista.
O passeio compacto, é preciso paciência
e não esquecer os deveres da obediência
Barulho frenético, a enorme agitação
todos calados, em vaga onda de emoção
e o agente continua a ladainha
vamos a andar, que a rua está cheiinha.
Circulem, vamos, que a cidade não pára
nem para ver um atropelado sem cara
Acidente de tráfego à hora de ponta
mas continuar na vida é o que conta