A equidade do imposto
Se falasse apenas de assuntos que conheço profundamente, recolher-me-ia a um mosteiro trapista; e se falasse de tudo o que me apetece tinha que deixar de trabalhar.
Sobre este assunto, por exemplo, não era para dizer nada: a causa justa já tem bons advogados.
Mas João Campos, para ilustrar o seu ponto, refere alguns nomes de autores, dos quais conheço os últimos quatro. E confesso: aceito de boa vontade pagar o que o Estado se prepara para me extorquir se de cada vez que utilizar os equipamentos sujeitos ao imposto os artistas em questão receberem um choque de 12 volts.
Parece-me justo: já às vezes me acontece ouvi-los no espaço público sem querer; pagar-lhes, só com contrapartidas.