Um autocarro, dois autocarros, três autocarros...
O BE chamou-lhe moção de censura ao Governo e à troika. O PCP falou em condenação ao Governo numa das maiores manifestações sociais que já assistiu (talvez seja melhor o PCP deixar de fazer o outsorcing da sua luta à CGTP ou vice-versa... ainda não entendi muito bem). A ANAFRE congratulou-se pelos 200 mil portugueses que vieram e estavam em Lisboa "(...)São os que nos estendem a mão que apertamos, os que nos contam os seus problemas, que partilhamos e gente anónima para outros, mas a quem chamamos pelos nomes(...)"
Saber da reacção do BE e do PCP tem realmente muito que se lhe diga.
Foi uma linda manifestação do que é a cultura da freguesia, do que é o interior e a identidade do país, não deixaram de nos fazer esquecer ao longo do dia. Até os verdadeiros manifestantes que subiam o Chiado ficaram para segundo plano perante a grande festa que se passou com início no Marquês de Pombal.
Foi bonito.
Este Governo quer romper com o passado. A batalha agora tomada é das mais complicadas, como se pôde ver. E das que mais desinformação vão gerar. Ora pensemos muito simplesmente; quantas pessoas vieram dar um passeio a Lisboa no sábado? Quantas vieram-se manifestar e do quê? Quantas sabem o que se passou na AR no dia anterior?
E já agora, quanto e a quem custou isto tudo?
Vejamos:
600 autocarros. 600€ em média cada um. Dá 360.000€. Dinheiro de quem?
A Transdev alugou cerca de 40 a Juntas de Freguesia de Coimbra e Aveiro
Cerca de 100 na Zona do Grande Porto.
Matosinhos também tem alugueres que são uma coisa doida.
Afinal isto é dinheiro de quem?
Do contribuinte?
Alguém tem de dar explicações!
Não sou a favor do incentivo da iniciativa privada com os dinheiros públicos. Compreendo a alegria das empresas, das concessionárias das auto-estradas e até das gasolineiras. Mas não para isto, nem a mexer no bolso dos portugueses.