Três de Maio
Tenho de recorrer ao "3 de Maio" de Goya para recordar o 16 de Março de 1811, dia em que ancestrais familiares meus morreram e foram heróis condecorados na Batalha da Redinha, na qual guarda avançada do exército Anglo-Luso, comandada por Erskine, general de vanguarda de Wellington, constituída pelo 1º Reg. de Dragões, 1º Reg. de Hussars da KGL, Brigada Independente Portuguesa e Divisão Ligeira bateu e venceu as divisões de Ney, compostas pela Divisão de Mermet, a Divisão de Marchand e as duas Brigadas de Cavalaria comandadas pelo General Lamotte.
As invasões francesas (Guerra Peninsular), na qual os portugueses foram carne para canhão e sobreviventes de um Reino abandonado pela Corte (as teses que actualmente justificam a fuga para o Brasil foram sempre desprezadas por quem ficou cá a lutar), não têm a devida relevância na história portuguesa porque, diz-me um amigo monárquico, então "os Braganças não gostavam de recordar que tiveram menos dignidade e valentia que a piolheira" e depois, a República, "preferia as luzes francesas".
Não reconhecemos os nossos heróis anónimos. Não sabemos dizer obrigado. Nem sequer recordar aqueles que da lei da morte se libertaram ".