São Sebastião da Pedreira
Como muitos portugueses é essa a minha orgulhosa naturalidade como freguês. A minha Maternidade Alfredo da Costa. Março de 76. Serviço excepcional, disse-me a minha mãe. Horas de emoção partilhadas com outros pais na sala de espera, contou-me o meu pai.
A própria nasceu em 1931. Teve remodelações. Mas já está velhinha. Mesmo com as obras e retoques recentes já não tem comparação à oferta que se lhe sobrepõe. O Ministério da Saúde, com o devido pragmatismo que lhe é devido, encara a distribuição do potencial actual pelas diversas estruturas que estão disponíveis pelo distrito. São cálculos que me fazem sentido nem que seja pelo necessário racionalizar de custos e potencialização de parques instalados e subaproveitados.
Claro que a paixão pela MAC poderia moldar a minha opinião. Mas antes de Alfacinha sou Português. E o encerramento de maternidades não pode acontecer e pelas mesmas razões, apenas fora de Lisboa.
Toda uma reorganização da rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde está em curso. Temos de pensar o SNS ao nível dos distritos e ao nível do país e não ao nível das nossas conveniências, memórias ou emoções. Todos nós, como portugueses, estamos unidos na mudança para um horizonte com um futuro sustentável, socialmente justo e correcto.
Quando o Governo chumba projectos na AR, não o faz por ir contra o SNS, mas sim por saber que pode fazer muito mais por ele.
O PSD concorreu dizendo aos Portugueses que pretendia:
“Reorganizar a rede hospitalar, desenvolvendo uma visão integrada e mais racional do sistema de prestação, que permita uma gestão mais eficiente dos recursos humanos”
Reformar é difícil. Mas é necessário.