O mundo está do avesso
O líder do Syriza, Alexis Tsipras, veio avisar que não negoceia com o inferno, mas o inferno já mandou dizer que negoceia com qualquer partido eleito na Grécia. Mesmo que seja contra o programa de assistência.
Ou seja, o devedor falido recusa-se a negociar com o «inferno». O credor, o tipo que emprestou o guito e que tem os salários dos funcionários públicos gregos nas mãos [desde polícias a enfermeiros], está disposto a sentar-se às mesas das negociações, mesmo se o governo eleito quiser rasgar de alto a baixo o contrato assinado.
Parece que alguma coisa está do avesso. Deve ser o mundo.