Estados de Alma
Num país “ que perdeu a paciência mas não perdeu a calma”, quem tem a obrigação de preservar a paciência e a calma é o Governo e os partidos que o sustentam.
Os “nervosismos tremelicantes de virgens ofendidas”, que se ouvem de alguns, querendo potenciar como fulcro dos problemas desta semana um pretenso contencioso entre o PSD e CDS, o qual não passa de uma diferença de duas opiniões, uma substancialmente correcta em termos técnicos, outra substancialmente correcta em termos políticos, exige que quem foi eleito para governar assuma a responsabilidade inerente à função. Governar, em democracia, é a arte de conjugar o que é necessário fazer com o que é possível fazer. Sempre foi assim. E vai que ter de ser assim, mais uma vez, nestas semanas que se aproximam.
Cumprindo os objectivos do Memorando de Acordo com o BCE, FMI e EU. Compreendendo e explicando ao país o caminho escolhido. Preservando o suporte social que o país revelou ao longo do último ano.
Aqui e agora, o único estado de alma que deve ouvido e respeitado, é entre o Governo e os portugueses.