Greve Geral ?
Claro que não.
Paralisação total do país ? Também não.
Greves sobretudo nas zonas urbanas, em áreas do sector público e nos transportes.
Poucas greves no sector privado.
Num país em que "o que se ouve no espaço mediático e nas redes sociais como opinião dominante parece não representar a maioria dos portugueses. (...) [H]á uma maioria silenciosa que tem bom senso e apenas deseja que os problemas do país sejam resolvidos o mais depressa possível.( Helena Garrido in Jornal de Negócios )", a greve de hoje terá mais impacto na imprensa do que no quotidiano dos portugueses.
É mais uma greve "contra o empobrecimento" que empobrece ainda mais o país e ataca a difícil recuperação económica que temos de enfrentar nestes dias em que, sem dinheiro, precisamos do apoio dos nossos credores para escapar à bancarrota.
Mas sobretudo, uma greve que atrasa a criação de emprego num país que precisa de o criar para diminuir o desemprego. Que acabará por surgir a partir do sector privado, onde 3.700.000 portugueses e portuguesas trabalham todos os dias, a mola real que poderá impelir a nossa economia para uma situação mais saudável do que aquela que agora vivemos. Com greves gerais que lhes passam completamente ao lado.
Nota : não existe greve dos bombeiros. Só uma corporação de Lisboa, de sapadores, funcionários pagos pela autarquia, é que se prestaram ao papel de estar ao lado do secretário geral da CGTP. Todas as outras 431 ( repito, 431 ) corporações de bombeiros voluntários do país, que não recebem um euro pela actividade que desenvolvem, estarão, como sempre, em estado de prontidão permanente para ocorrer à suas populações.