Perdócio
O termo usado por Belmiro de Azevedo para se referir ao “seu” jornal Público, traçando o fim do caminho do diário para 2015 se não houver inversão da actual situação, vem confirmar que, infelizmente, o jornal vive da caridade da Sonae.
O Público, com esta fraquíssima direcção, deixou de ser “o” jornal de referência. Hostilizando o seu público-alvo construído ao longo de vinte anos, transformou-se num jornal onde o BE “dirige a opinião” sobre o Governo, o PSD e o CDS, os títulos das notícias “eram e ainda continuam a ser” torcidos sempre à esquerda, as políticas fracturantes sempre permanentes, grande parte dos cronistas que não eram de esquerda eliminados ( resistem dois ou três, mas a esses não tem força para correr com eles, assim como um par de grandes jornalistas ).
O descalabro económico não surpreende. Em vez de produzirem um jornal para o país, "confeccionam" um jornal para a sua pequena tertúlia de jornalistas e para o eixo Bairro Alto / Lux. Quando Belmiro diz que dar a independência a esta direcção e redacção assassinou o jornal, o mundozinho dos activistas que pensam que ser jornalista é cumprir uma missão de esquerda ofende-se com a perda de direitos adquiridos imaginários e não consegue confrontar-se com a sua própria irresponsabilidade. Como se fazer um jornal fosse a mesma coisa que uma manifestação permanente de que “os ricos que paguem a crise “.
Hoje o Público só é referência por um facto : um exemplo de como a formatação ideológica da informação destrói a sua própria subsistência.