Olímpicos (8)
Em todos os Jogos Olímpicos as atenções focam-se nos Atletas. Nem todas, mas normalmente são esquecidas pessoas extremamente importantes para que os atletas tivessem conseguido chegar ao patamar olímpico.
Ouvimos que os atletas se prepararam durante 4 anos. Mas o caminho, principalmente para a maioria daqueles que atingem o pódio, tem mais anos. Muitas vezes um caminho que começa desde pequenos.
Algumas vezes as atenções conseguem ir para além do atleta e lembram-se dos treinadores. Mas estes, embora tenham muita importância, são uma realidade mais recente na vida dos atletas do que outras pessoas cuja relevância se faz sentir desde cedo.
O que seria de muitos atletas sem o apoio dos seus familiares? Arrisco a ser mais específico, o que seria de muitos atletas sem o apoio de pais e mães. E sendo eu pai não tenho qualquer problema em afirmar que as Mães até assumem maior relevância. Elas fazem mais esforços, costumam ser mais presentes.
Por isso podemos afirmar que atrás de um grande atleta há uma fantástica Mãe.
E veja-se a quem se dirigiu Michael Phelps (sim, o melhor e mais medalhado atleta olímpico até hoje) depois da sua última prova oficial e de ter ganho a 22ª medalha, a 18ª de ouro. Entregou as suas flores à sua Mãe.

A presença assídua de Debbie Phelps, bem como da mãe de Ryan Lochte, não tem passado despercebida. E o mesmo acontece com as mães de outros atletas. Ainda hoje a RTP entrevistava Ana Maria Augusto, Mãe de Jessica Augusto. E que bom seria que a Jessica pudesse repetir esta dedicatória em Londres.
A presença das Mães em Londres sente-se ainda mais do que em outros Jogos Olímpicos. Até têm uma Casa dedicada a elas.
Em muitos países, tal como em Portugal, perante insucessos haverá uma queda para a autofagia e a crítica. Nas Mães não há lugar a esses sentimentos negativos. Para elas os atletas serão sempre vencedores. Porque o são desde que nasceram. E para elas, eles serão sempre crianças.