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Forte Apache

Folclore

Rui C Pinto, 21.10.12

Está instalado o folclore. Os media nacionais já vivem em modo de campanha eleitoral. António José Seguro saiu do armário, conjugou o verbo negociar, visitou Hollande e puf!, fez-se um programa político e, de caminho, eleitoral. 

 

O governo português não é patrótico porque vai às reuniões do conselho europeu e não rasga as vestes nem se atira ao chão a chorar. É inaceitável que o primeiro-ministro português, representante da nossa miséria colectiva, não se humilhe perante os pares dando voz ao nosso desespero. 

 

Entretanto já esquecemos, em Portugal, o que nos conduziu a esta crise. Já esquecemos a década de estagnação económica aliada aos sucessivos défices que potenciaram uma dívida insustentável. O problema é, agora, a austeridade imposta pela Europa e o FMI. E, portanto, a solução para os nossos problemas é negociar. É impor na agenda europeia o diálogo sobre as medidas de austeridade e as saídas alternativas para a crise. Pressupõe-se, portanto, que António José Seguro participará nas eleições para o Bundestag em 2013. O PS, o grande partido da construção europeia como apregoava José Sócrates nas últimas eleições europeias, está absolutamente disponível para trazer a Europa ao debate interno. Assumir a austeridade como causa (e não consequência) da actual crise financeira e imputar a resolução desta crise à negociação com os parceiros europeus é convidar ao populismo anti-europa. 

Cada vez mais inSeguro

Francisco Castelo Branco, 10.10.12

O líder do PS está cada vez mais na corda bamba e nenhuma proposta lhe sai bem. Seguro vem defender a redução de deputados, numa altura em que o país discute o Orçamento de Estado. Ora, o secretário geral socialista fazia melhor se apresentasse alternativas às medidas do governo e que ajudasse a resolver os problemas do défice, porque foi também para isso que assinou o memorando da troika. 

Estar nesta altura preocupado com o corte de deputados não me parece de bom senso. Além do mais, ao propôr esta medida está a abrir as portas a uma revisão constitucional desejada pelo PSD. Seguro está a dar a possibilidade ao PSD de "alterar" a Constituição à sua medida. 

Enquanto que António Costa avança no terreno fazendo ouvir a sua voz, Seguro está cada vez mais perdido ao tentar inovar em cada proposta que faz. 

Ideias inovadoras de Seguro

Carlos Faria, 06.08.12

Podem ser estratégias oposicionistas propor que se enfrente a crise mais devagar a ver se não dói tanto para agradar os insatisfeitos das consequências da opção do Governo de lutar contra a crise rapidamente e propor deixar algo como está sempre que alguém protesta uma mudança implementada pelo Executivo.

Contudo, alguém se lembra mesmo de alguma proposta ou ideia original de Seguro para Portugal de modo a se resolverem os problemas do País?

Importa-se de repetir? (X)

Sérgio Azevedo, 04.08.12

António José Seguro afirmou hoje, a propósito da possível privatização da TAP, que "a TAP não é do Governo, a TAP é do país". O que me leva a perguntar:

 

De quem eram os 454 milhões de euros atribuídos, entre 2008 e 2010, à Fundação para as Comunicações Móveis?

De quem eram os 16.800 milhões de euros de divída do sector dos transportes?

De quem eram os milhares de euros gastos em inaugurações de troços de estradas negociadas sob a forma de PPP que depois deram no que deram?

 

Do Governo ou do país?

 

Estado Providência

Carlos Faria, 27.07.12

Já fui sinistrado de uma catástrofe natural e como tal compreendo a dor das vítimas em muitos dos acontecimentos que se passam em Portugal e  sei qual é a sensação da necessidade de socorro a curto prazo.

Mas muitos dos efeitos de catástrofes, naturais ou não, podem ser mitigados e prevenidos à priori, tal como existem mecanismos de minimização das consequências e ainda sistemas de seguros para muitos dos riscos a que estamos sujeitos, embora nestes nem tudo seja aceite ser coberto ou previsto, pois há situações imponderáveis e imprevisíveis difíceis de controlar.

Contudo, a comunicação social neste País deixa passar uma imagem onde é normal que seja o Estado a ter de remediar e de compensar tudo a todos quando algo de mal lhes acontece e ainda consegue criar a sensação que, por princípio, deve ser mesmo assim.

Deste modo, sem incluir nesta reflexão o papel da proteção civil, parece que todas as vítimas de inundações (mesmo que teimosamente tenham construído as casas nos caudais de cheia em desrespeito às cartas de riscos disponíveis), de incêndios (mesmo que cercadas por floresta e sem preocupação de efetuar a limpeza dessas matas ou criar um perímetro de segurança), de intempéries ou outras catástrofes para as quais é possível tecnicamente diminuir o perigo ou cobrir os riscos com seguros, é exigido através dos OCS que o Estado lhes cubra os prejuízos que por opção não colocaram no seguro, nem se precaveram.

É verdade que o Estado deve assegurar e intervir em prol do bem estar de todos, inclusive nos acidentes, mas há muitos mais atores que deveriam também estar no sistema, reservando-se os dinheiros públicos principalmente para os imponderáveis difíceis de cobrir por outra via. Contudo, a democracia alimentou nas pessoas a tal extremo a ideia do Estado Providência que lhes modelou o comportamento e estas, naturalmente, reagem como se os dinheiros públicos fossem um reserva ilimitada para cobrir tudo.

O futuro está seguro!!!

jfd, 29.09.11

Agora sim, isto vai dar a volta! Yes!

 

(...)chegou a altura de a banca portuguesa devolver o esforço à economia  e aos portugueses que os portugueses e o Estado fizeram quando a banca portuguesa  há dois anos precisou desse apoio(...)

 

(...)os bancos têm que ter um sentido de responsabilidade social e perceber  que têm que colocar à disposição das empresas portuguesas mais crédito(...)