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Forte Apache

Direita, esquerda... volver!

Dita Dura, 11.01.13

Não sou militante de nenhum partido. Nunca fui e não me estou a ver como político, ainda mais com os partidos que temos: não seria capaz de apoiar o PS ou o PSD, os responsáveis pela desgraça em que vivemos. Depois há o CDS, dos submarinos, das trapalhadas, da incoerência, dos deputados que não defendem a vida e apoiam o lobby LGBT, o CDS muito PP e pouco democrata-cristão. Do outro lado, temos o BE que, embora defenda valores que não são os meus, tem militantes que sabem servir as causas e não eles próprios, que normalmente acreditam no que dizem e levam-no até ao fim, que não beneficiam de cargos, cunhas ou favores. Por exemplo, a coordenadora Catarina Martins, que é frontal e inteligente. E o Francisco da Silva, de quem esperamos grandes coisas e que nos faz querer voltar a acreditar nos políticos.

 

Não sou de direita ou esquerda, embora normalmente diga que sou de direita para desviar a conversa e escapar a explicações que a maior parte das pessoas não entenderia. Venho de uma família profundamente conservadora, com sólidos valores cristãos e assente em raízes tradicionalistas. No entanto, fui profundamente tocado na infância por uma tia de esquerda, assistente social e várias vezes enclausurada pela PIDE.

 

O propósito geral da direita é puro e inerente às necessidades e exigências da pessoa humana. O objectivo primordial da esquerda é mais artificial, mas é uma resposta às injustiças sociais e uma ambição fundamental inerente a todos os seres humanos. A direita foi corrompida por uma minoria que se apropriou dos seus valores para mascarar intenções individuais. A esquerda foi estragada por outro minoria, que se aproveitou da ingenuidade da maioria que jurou defender. Entre cada uma existe o centro, que é uma mentira que alguns escolhem acreditar. No final, quem perde são sempre os mesmos. É assim desde sempre.

Recordando Sá Carneiro

Carlos Faria, 04.12.12

Talvez tenha sido por Sá Carneiro que eu tenha despertado para a política e as questões da governação do País. Completam-se hoje 32 anos da sua morte em Camarate, dia e notícia que nunca mais esqueci. Foi sem dúvida um líder carismático, nem sempre compreendido dentro do PPD/PSD que fundou, mas é interessante ver pessoas tão díspares dentro do seu partido ainda hoje conseguirem invocar o fundador como referência pessoal para as suas opções políticas.

Sá Carneiro, sem dúvida, foi um homem à frente no seu tempo, quando praticamente todos submergiam a uma ideologia de esquerda distante do centro, em ressaca de uma ditadura de direita, ele marcava a diferença com uma linha social democrática no verdadeiro sentido do termo, radicada mais no SPD da Alemanha, o Estado que se tornou o mais importante da Europa… do que num socialismo francês, vindo de um país que desde a segunda grande guerra nunca mais foi líder no velho continente.

Contudo, talvez uma das razões da unanimidade em torno do valor de Sá Carneiro foi ele ter morrido no auge das espetativas positivas da sua governação, quando ainda estava em estado de graça e sem sofrer o desgaste das reformas que pretendia para o País… se tivesse ido em frente, talvez hoje fosse criticado por muitos, mas talvez Portugal não se tivesse deixado atolar no pântano em que se deixou cair.

Eu, por mim nunca mais me esqueço de Sá Carneiro...

Jacques "Rio" de la Palice

jfd, 14.11.12

Há um PSD que cheira a mofo, tem muito pó e teias de aranha que teimam em não desaparecer.

Afirmam que o sol é quente, o céu é azul e que a chuva molha. E palmas! Parece que se lhes abrem os olhos.

Não há pachorra.

 

(...)"Coisa diferente é perguntar se nós devemos reduzir o papel do Estado em determinadas áreas, designadamente na área social. E aí eu entendo que não. Eu entendo que o Estado deve adequar o nível de despesa à receita que tem, à riqueza que tem, e depois garantir às pessoas o nível social que deve garantir"(...)

Da Tática e da Estratégia

Filipe Miranda Ferreira, 31.10.12

 

Da Tática:

 

Este governo por vezes parece um navio à deriva, sem rumo certo, avançando e recuando consoante os ventos dominantes. Os últimos dois meses têm mostrado uma inquietude exasperante para o observador externo. Estes avanços e recuos a serem uma estratégia de comunicação política e de aferição da realidade por parte dos partidos que compoem o Governo são um erro crasso. Demonstram fraqueza e tibieza. Caso estes avanços e recuos sejam meramente casuisticos então ainda pior... parecem amadorismo. O recente apelo de Passos Coelho a uma "refundação" do Estado, sem nenhum enquadramento prévio, sem nenhum spin por parte dos comentadores próximos do Governo, sem nenhum comprometimento político por parte dos membros do executivo parece uma operação política com tudo para correr mal à partida.

 

Da Estratégia:

 

António José Seguro e o PS podem perder uma oportunidade de ouro para terem uma vitória tática e estratégica. Vitória tática porque sempre poderiam argumentar que foi a sua estratégia que forçou o Governo a ajoelhar-se e a negociar nos seus termos, aliviando futuras despesas adicionais aos portugueses já tão fustigados ao nível fiscal. Vitória estratégica porque sem esta "refundação" do Estado, que só pode ser feita com o apoio do PS, o país entrará muito provavelmente em incumprimento das metas do memorando de entendimento, podendo mesmo vir a chegar a um 2.º pacote de ajuda externa com todas as óbvias implicações ao nível do aumento da austeridade. Basta olhar para a Grécia. Caso isto aconteça, o PSD e o CDS já têm a narrativa certa para as eleições legislativas.

 

O país está dependente da capacidade de António José Seguro e do PS de não cometerem este erros. Táticos e Estratégicos.

Deus nos ajude.

É isto mesmo!

Filipe Miranda Ferreira, 01.10.12

Se o governo fosse constituído por membros do PSD

Poderia perder-se alguma capacidade técnica conferida por ministros independentes. Poderia ganhar-se experiencia política.

Se o governo fosse constituído por membros do PSD

Alguns ministros poderiam ter alguma influência dentro do partido. As suas opiniões poderiam ter um maior relevo dentro do governo.

Se o governo fosse constituído por membros do PSD

Poderia haver maior escrutínio interno das propostas a apresentar. Assim, tivemos a comunicação e a subsequente manifestação.

Se o governo fosse constituído por membros do PSD

O CDS poderia estar na oposição, e vir a ganhar votos ao PSD. Nas atuais condições, o PSD poderá perder votos para a sua esquerda, não para a sua direita.

 

in Blasfémias

das coligações

Rodrigo Saraiva, 17.09.12

Para o bem e para o mal, uma coligação pressupõe mais que um partido, logo, no minímo duas diferentes maneiras de pensar e actuar. E juntam-se para um mesmo fim. Para tal discutem, analisam e entendem-se. No Governo está uma coligação de dois partidos. E nem o PSD é o PCP, nem o CDS é "os verdes".

 

Os bons, se corajosos, que avancem para a frente de combate

Carlos Faria, 13.09.12

Uma coisa é estar descontente ou discordar com algumas medidas deste governo e apresentar propostas de melhoramento, outra é desacreditá-lo perante todos. Que os partidos da oposição optem por esta última via sem propostas sérias e a acenar com sugestões populistas é algo que já nos habituámos em Portugal.

Agora que membros responsáveis dos partidos do Governo de Portugal discordem publicamente das diretrizes do executivo, não apresentem propostas, desafiem os deputados a explicitar as suas oposição às medidas do orçamento e ficar à espera para ver, mas que não sejam capazes de internamente reunir as estruturas do partido, discutir a sério e disponibilizar-se para enfrentar todas as consequências daí resultantes é, além de cobardia política, uma forma de terrorismo político que mina qualquer executivo eleito em democracia.

Se o poder executivo depende do Parlamento, se os deputados são eleitos e os seus mandatos não terminam com as crises internas dos partidos. Então este corajosos mensageiros reúnam as hostes, apresentem internamente as suas medidas, proponham alternativas internas e disponibilizem-se a assumir uma solução que pode até passar por ocupar o lugar daqueles que hoje estão no poder, compromentendo-se a fazer melhor, se possuem de facto uma alternativa seguramente correta para enfrentar o problema.

Pelo menos é um comportamento mais honroso e patriótico que minar apenas tudo à sua volta com ar da sábio e dar condições para que seja a troika a ter a iniciativa de propor um líder de Governo. O que, infelizmente também, não era totalmente inédito nesta Europa em crise.

Agora, só minar e destruir tudo o que os outras fazem, já basta! O Povo de Portugal merece mais.