Direita, esquerda... volver!
Não sou militante de nenhum partido. Nunca fui e não me estou a ver como político, ainda mais com os partidos que temos: não seria capaz de apoiar o PS ou o PSD, os responsáveis pela desgraça em que vivemos. Depois há o CDS, dos submarinos, das trapalhadas, da incoerência, dos deputados que não defendem a vida e apoiam o lobby LGBT, o CDS muito PP e pouco democrata-cristão. Do outro lado, temos o BE que, embora defenda valores que não são os meus, tem militantes que sabem servir as causas e não eles próprios, que normalmente acreditam no que dizem e levam-no até ao fim, que não beneficiam de cargos, cunhas ou favores. Por exemplo, a coordenadora Catarina Martins, que é frontal e inteligente. E o Francisco da Silva, de quem esperamos grandes coisas e que nos faz querer voltar a acreditar nos políticos.
Não sou de direita ou esquerda, embora normalmente diga que sou de direita para desviar a conversa e escapar a explicações que a maior parte das pessoas não entenderia. Venho de uma família profundamente conservadora, com sólidos valores cristãos e assente em raízes tradicionalistas. No entanto, fui profundamente tocado na infância por uma tia de esquerda, assistente social e várias vezes enclausurada pela PIDE.
O propósito geral da direita é puro e inerente às necessidades e exigências da pessoa humana. O objectivo primordial da esquerda é mais artificial, mas é uma resposta às injustiças sociais e uma ambição fundamental inerente a todos os seres humanos. A direita foi corrompida por uma minoria que se apropriou dos seus valores para mascarar intenções individuais. A esquerda foi estragada por outro minoria, que se aproveitou da ingenuidade da maioria que jurou defender. Entre cada uma existe o centro, que é uma mentira que alguns escolhem acreditar. No final, quem perde são sempre os mesmos. É assim desde sempre.