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Pedro M Froufe, 31.12.11
( Recentrando-nos em Portugal, numa perspectiva optimista, o futuro poderá dizer que 2011 foi o ano do fim de um ciclo e do começo de uma nova ordem política e económica. Por decorrência, também social. Trata-se – repito, numa perspectiva optimista – do registo (futuro e hipotético) do começo de uma certa normalidade e, por consequência, caso venha a suceder, da certificação de que as dificuldades com que todos arrostamos (metidos neste barco pelo descontrolo do Estado e das contas públicas), terão uma consequência positiva. Pelo menos, uma consequência: um novo relacionamento entre os cidadãos e o Estado, uma nova racionalidade (se é que tem havido alguma) no funcionamento deste e uma diferente ordem e estilo políticos. Claro está, presume-se que essas novas realidades (no fundo, nova concepção do Estado e da política) alavancarão uma sociedade mais adulta e livre das amarras públicas e uma economia que funcione. Bem vistas as coisas e quando se clama pela preservação de um “Estado social”, importa ter consciência de que uma coisa é o (ideal) “Estado-social” (ou, mais rigorosamente, o “Estado-Providência”), outra bem diferente, é o Estado irracionalmente despesista. Por outro lado ainda, uma coisa será uma economia que funcione, outra coisa diferente é uma economia público-dependente, incapaz de produzir riqueza e de se afirmar no contexto global. Sobretudo, avessa a uma lógica concorrencial e à transparência. )