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Forte Apache

O Algarve cheio, "por causa da crise"

Pedro Correia, 01.08.13

"Ao contrário das previsões, o Algarve está quase esgotado neste início de férias de Agosto. Nesta altura já é praticamente impossível encontrar alojamento. A taxa de ocupação em hotéis e empreendimentos turísticos aumentou porque milhares de portugueses decidiram fazer férias em Portugal por causa da crise."

Lançamento de notícia no Primeiro Jornal da SIC

O jogo de dardos

José Meireles Graça, 29.06.13

O jornalista conta uma história às três pancadas, não fala com toda a gente, não investiga, não consulta especialistas. Nunca trabalhei em jornais, admito que contar um incidente com princípio, meio e fim, fique caro, e suponho que por estes dias recursos é o que os jornais têm de menos.

 

Mas isto irrita, ler uma notícia sobre um fait-divers e sobrarem dúvidas:

 

i) Um tipo está num café e decorre um jogo de bingo, mas não está a jogar. Vem a GNR e leva-o "apenas" para interrogatório no posto, mas "sem ficar detido em cela". Perguntas: A polícia não pode no local fazer as perguntas pertinentes? Se não pode, por que razão não pode? Porque não notifica a testemunha, ou lá o que é, para comparecer no Posto à hora xis? Em Tribunal, leva uma multa de 150 Euros e "três meses de pena suspensa". Como?! Mas a suspensão de três meses é para a "pena" dos 150 aéreos ou para pena de prisão?

 

ii) Os celerados criminosos britânicos tinham entre 23 e 76 anos. O senhor dos 76 anos também foi na ramona? E esteve quanto tempo no Posto, dado que a operação policial se iniciou por volta das 23H00 e "só depois das 3h da manhã puderam sair do posto"?

 

iii)  A legislação que regula estas coisas é de quando? E as molduras penais são como, mínimos e máximos? Porque se, como o texto insinua, houve uma pena de três meses por "testemunho de jogo ilegal", então, se o jogo não fosse a biscoitos e fosse por exemplo roleta, podemos razoavelmente supor que a pena poderia ser, sei lá, cem chibatadas no pelourinho local.

 

Seja a legislação assim ou assado, em tudo isto há abuso, desmedida, falta de senso e lesão de um interesse económico relevante, que é o turismo, para já não falar da hospitalidade. E que a GNR, numa região famosa pela criminalidade violenta contra residentes, se tenha dado ao trabalho de enviar adiantadamente dois agentes "à paisana" para o local do crime, e tenha remetido mais doze para deter a maralha, justificaria que o jornalista nos tivesse inteirado dos nomes e declarações do comandante da força, de quem decidiu a operação, e do Juiz.

 

Para que lhes pudéssemos dar razão, se a história não tiver sido exactamente como foi relatado, ou pudéssemos colar as fotografias de todos estes guardiães da Lei e da Ordem num alvo do jogo de dardos - se não for ilegal.

Disco ao ano ou ao mês?

Diogo Agostinho, 03.08.12

Todos os anos a novela continua. O Algarve de Verão recebe milhares de portugueses. Como sempre todos querem estar onde estão todos. Só isso justifica o excesso de proximidade entre as toalhas na praia ou as discotecas a abarrotar. 

 

Mas este ano lá voltou o acontecimento. De um lado as discotecas que estão abertas todo o ano, do outro os estabelecimentos que fazem um mês apenas. 

 

E quem ganha são as providências cautelares todos os anos!

Algarve é com um L

Diogo Agostinho, 31.07.12

Aqui este jovem, que vos escreve hoje, nasceu na região que é agora invadida pelos portugueses que chamam o Algarve de Marrocos. Poderia dizer: gostam pouco, não é? Eu sei que gostam.

 

De 300 mil habitantes ano, o Algarve nesta altura passa para o milhão e meio, dois milhões. É, de facto, uma região única. As condições, o sol, a praia, a temperatura da água (mas que raio de temperatura de água é essa da Costa?). Todo o encanto que o Algarve tem. Ora, vem isto a propósito de terem saído os números dos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal. O número é entusiasmante: quase 500 milhões de euros.

 

Nesta fase que o País atravessa, o turismo é crucial para o nosso futuro. Bem sei das reclamações que muitos portugueses fazem do serviço no Algarve. Por isso lanço o apelo a quem está no sector, quer seja restaurante, hotel, loja, aluguer de toldo, aluguer de gaivota, que seja simpático quer com o camone, quer com o tuga. É que dinheiro não tem cor. E simpatia conquista. É o flanco a corrigir na minha região.

 

O turismo é fulcral para o Algarve.

 

Estive também este fim-de-semana por lá e felizmente a campanha nojenta de Guimarães, capital da cultura, não vingou! Eu não me esqueço do cartaz que fizeram:

 

 

 

Para se promoverem, não precisam de mandar abaixo! Toma lá morangos!