Depois do abismo em que fomos lançados pelo governo de Sócrates, estava ( e estou ) convencido que as imposições que os credores nos exigiram para cumprimento do ajustamento iriam ajudar a tirar Portugal da espiral recessiva que um Estado sobredimensionado suportado por conceitos ideológicos ultrapassados nos condenou nas últimas décadas.
Par tal era preciso uma maioria eleitoral, determinação no cumprimento dos objectivos e grande qualidade de liderança política.
Eram ( são ) tempos excepcionais que necessitam de políticos excepcionais.
Estes dois últimos anos elucidaram-nos que, excepcionais, foram a larga maioria dos portugueses que, independente da sua opinião em democracia, suportaram resilientes os sacrifícios que assumiam para sair desta situação.
Excepcionais, também, têm sido alguns ministros que ultrapassaram a sua própria circunstância.
De resto, afinal, homens comuns, demasiado comuns para a excepção dos tempos. A começar numa oposição desonesta perante os seus próprios erros. Agora completada por desistentes de um governo , desistentes em nome de orgulhos particulares que não passaram de travestis de corredores de fundo que afinal desistem à primeira dor de burro.
É este o problema de hoje em Portugal.
O problema da fraqueza de homens comuns perante situações excepcionais.