Abaixo a reacção
"Em relação à Fundação Nadir Afonso, a responsável, Laura Afonso, disse, também à agência Lusa, que não chegou a ser avaliada “porque nunca recebeu apoios públicos. “O dinheiro investido no empreendimento para a sede vem do município [de Chaves], mas através de fundos comunitários", sustentou Laura Afonso sobre o projecto, que ascende a nove milhões de euros de investimento."
Não sei, nem tenho que saber, absolutamente nada sobre Laura Afonso, mas não me custa admitir que seja uma excelente pessoa a todos os títulos. Mas tem a noção discutível de que o Município de Chaves não é público, e que os fundos comunitários são gerados espontâneamente num lugar mítico, possivelmente os céus por cima de Bruxelas.
Sucede que o Município de Chaves gera as suas receitas com a produção de alvarás de licença, destinados a uma clientela cativa, e com transferências de impostos; e as instâncias europeias, essas, têm uma punçãozinha no IVA, da qual se fala pouco.
Estas receitas são públicas e bem públicas, Afonso que me desculpe. E como votei no Governo que está para, entre outras coisas, acabar com o imenso espatifar do meu dinheiro; e como nesse particular tenho tido muitas desilusões, não me levará a mal que eu veja com bons olhos este tímido esforço para acabar com a rebaldaria, e com maus as reacções.
Mas agora que desabafei com Laura, que se terá exprimido mal, ou será ingénua, já não posso dar o benefício da dúvida ao sátrapa da Madeira. Olha, Bertinho, há décadas que fazes o mesmo negócio dúbio: compras votos com benefícios para os teus eleitores, e divides as contas entre eles e os outros, que são os do contenente.
Insistes que o contenente não tem nada a dizer. Eu acho que tem. E espero que, desta vez, os cubanos de Lesboa não se deixem impressionar com o teu cansado número de tigre de papel.