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Forte Apache

Crise Governativa: Quando o parceiro deixa passar o momento certo

Carlos Faria, 02.07.13

Confesso que após décadas a acompanhar a política nacional nunca assisti a um espetáculo de crise governativa tão degradante quanto ao que hoje se assisti.

Compreendo que numa coligação existam negociações na repartição de ministérios e cargos de ministros, até admito descontentamentos a determinados nomes de uma das partes face a outra e se ao Primeiro-ministro cabe a prerrogativa de aprovar o nome final, ao parceiro cabe o direito de assumir atempadamente veto na negociação.

Agora não compreendo que um descontentamento sem ameaça de veto ou de demissão durante a negociação se torne depois do nome ser tornado público e de ser constituído o gabinete pluripartidário do novo ministro, o parceiro apresente uma carta de demissão no dia seguinte publicamente.

Quando há um casamento, o representante legal ou da religião questiona na hora de se dar o nó se alguém conhece algum impedimento para o contrato que se vai celebrar, implícito que se não for nesse momento, quem se calou deve continuar calado se não surgir nada de novo. Hoje assisti a alguém desrespeitar todos os princípios de confiança numa negociação, rompendo depois de ter sido publicamente assumido o nó…

Na política não pode valer tudo...

2 de Julho de 2013

jfd, 02.07.13

Este dia ficará para a história. Pela loucura de comentadores, jornalistas e políticos. Pelo povo de boca aberta.

Amanhã continuaremos com a troika, com a necessidade de recuperação económica e financeira e a vital reforma do Estado.

De todos os atores de hoje destaco a hombridade, lealdade e seriedade para com Portugal e a sua missão como chefe do Governo de Pedro Passos Coelho. Conta comigo, eu acredito.

 

Pela negativa, e com muito asco, lamento o jornalismo e o ruído de fundo que temos neste Portugal.

 

Portugal está primeiro!

Espero que se tenha lembrado disso hoje.