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Forte Apache

Agradeço, com todas as letras

Pedro Correia, 15.06.13

 

Venho agradecer a todos que nas últimas semanas noticiaram ou comentaram o meu livro, Vogais e Consoantes Politicamente Incorrectas do Acordo Ortográfico. Hoje fica a referência - ainda incompleta - aos blogues, pedindo desde já desculpa por alguma eventual omissão, que prontamente corrigirei.

 

A Barbearia do Senhor Luís

A Bem da Nação

A Dignidade da Diferença

A Ronda dos Dias

A Viagem dos Argonautas

Açúcar Amarelo

Ainda que os amantes se percam...

ALCA

Andanças Medievais

Antes que eu me esqueça...

Atentado ao Pudor

Aventar (1, 2)

Bandeira ao Vento

Bibliotecário de Babel

Biblos - AEFCR-BE

Bic Laranja

Blog do Bianchi

Bloguítica (1, 2)

Books Around the Corner

Cá Entre Nós

Cabeça de Cão

Carlos Emerson Junior

Cidadão do Mundo

Colóquios da Lusofonia

Core Catholica

Corta-Fitas

Crónicas de Além Tejo

Declínio e Queda

Descomplicómetro

Dias Imperfeitos

É Fartar, Vilanagem

És a nossa Fé

Estado Sentido

Eternas Saudades do Futuro

Fio de Prumo

Floresta do Sul

Forte Apache

Grande Hotel

Isto e Aquilo

História Maximus

José Cipriano Catarino

Lados A/B

Luminária

Ma-Schamba

Meditação na Pastelaria

Memória Virtual

O Andarilho

O Bacteriófago

O Escafandro

O Jornaleiro

Palavrossavrvs Rex

Perca Tempo - O Blog do Murilo

Ponte Vertical

Por A mais B

Portugal dos Pequeninos (1, 2, 3)

Português de Facto!

Praça da República

Quousque Tandem

Rabiscos de uma Leitora

Rangers & Coisas do MR

Real Associação da Beira Litoral

Risco Contínuo

Robssoares's Blog

Scriptum

Tertúlias à Lareira

Um Jardim no Deserto

2711

 

Nos próximos dias darei aqui nota dos ecos que a obra foi tendo nos órgãos de informação, designadamente em colunas de opinião e de crítica literária.

 

(actualizado)

Espero que gostem

Pedro Correia, 08.05.13

 

Os meus leitores mais regulares na blogosfera sabem que o acordo ortográfico (a que por vezes chamo aborto ortográfico) é um dos meus temas recorrentes. Pois a partir de amanhã já não é só nos blogues: é também em livro. Com a prestigiada chancela da Guerra & Paz, correspondendo a um convite do Manuel S. Fonseca, terão à vossa disposição nas livrarias um título que desde já vos recomendo: Vogais e Consoantes Politicamente Incorrectas do Acordo Ortográfico.

O autor sou eu. Espero que gostem.

 

ADENDA: um abraço especial ao João Villalobos, que deu a cacha aqui no Forte.

23 de abril: Dia Mundial do Livro 2013

Carlos Faria, 23.04.13

 

Desde o Dia Mundial do Livro de 2012, até este de 2013, várias dezenas de livros de diversos géneros foram lidos por mim, não vou listar os melhores da cada tipo, mas para dar a conhecer o que é nosso, ao nível de literatura nacional atual, no género de ficção, ou não tanto assim, num texto onde a ironia, a poesia e a prosa dão as mãos com a imaginação e abraçam alguns factos históricos, destaco "A Boneca de Kokoschka", de Afonso Cruz.

Pequeno, de fácil leitura, com bom humor e frases para reflexão num livro a não perder. O Prémio Europeu pode ser importante para a promoção da obra, mas foi merecido pelas características do livro.

Memórias da II Guerra Mundial - Winston Churchill

Carlos Faria, 10.01.13
 

 

Saber o passado é sem dúvida uma das vias para melhor se compreender o presente e perspetivar o futuro, com  estas memórias Winston Churchill foi laureado com o prémio Nobel da literatura em 1953, livros que não pertencem ao domínio da ficção ou da poesia.
O presente livro é uma compilação do autor dos seus anteriores 6 volumes de memórias, mesmo assim, este resumo continua extenso, mas tem a virtude de mostrar uma visão pessoal dos tempos que foram desde o fim da primeira grande guerra até uma década depois do fim da II Grande Guerra (IIGG), época em que se começou a sonhar com uma Europa unida que deu origem à União Europeia.
A obra apresenta uma escrita descomplicada, por vezes com excertos de correspondência oficial e pessoal do período a que dizem respeito os acontecimentos relatados, o que permite compreender como este homem viu, temeu e previu o que levou à IIGG e como lhe foi parar às mãos a árdua tarefa de enfrentar Hitler, isto após um conjunto de erros que conduziram a que este ditador, não só tomasse o poder na Alemanha, como também se tornasse uma ameaça a todo o mundo livre da Europa.
Uma ideia é justificada na primeira parte do livro: nunca a Europa teve tanto tempo e possibilidade para evitar uma guerra como antes da IIGG, mas a cobardia minou as democracias e deu força ao ditadores.
Depois dá para ver como os erros do passado saem muito caros no futuro e por vezes quem os tem de corrigir não são os culpados da história, contudo a determinação é difícil embora fundamental, sobretudo quando taticismos ensombram a boa vontade nos momentos de enfrentar os problemas, mas não se pode desistir quando os valores da liberdade estão em perigo.
Ironicamente, o homem que salvou a democracia foi o primeiro a ser derrotado por esta na época da sua vitória na guerra.
Um extenso livro repleto de pensamentos que dão para perceber muitos dilemas de alguém que teve de enfrentar os problemas dos povos num período que mudou a Europa... que talvez tenha sido mesmo o início do declínio do velho mundo, mas isto já é uma reflexão minha.

 

Livros Solidários

Francisca Prieto, 14.12.12

Estando ciente de que este espaço blogosférico não deve usado para fazer publicidade, dado o cariz cultural e solidário da iniciativa, atrevo-me a pegar no megafone e berrar aos sete ventos que:

 

Amanhã e Domingo, o Déjà Lu estará na Feira Solidária da APPT21, no Centro Nacional de Cultura (Chiado) com muitos (mas mesmo muitos) livros NOVOS a 3, 4 e 5 euros, e também livros usados em bom estado a 1 e 2 euros. 100% das vendas revertem para a instituição. 
Sábado, das 11 às 19.30, Domingo, das 12 às 17h. Entrada pelo Largo do Picadeiro, porta mesmo ao lado do café do Chiado, em Lisboa.

 

Óptima oportunidade para fazer umas sensacionais compras de Natal ao preço da chuva.

Gente Independente de Halldór Laxness

Carlos Faria, 14.11.12

 

Há livros cuja dimensão da sua estória e mensagem se tornam o cerne de uma obra prima literária que forma espíritos e por isto devem ser lidos.
"Gente Independente", de Halldór Laxness, já tem 77 anos e o seu protagonista, em vez de ser um islandês, poderia ser o povo português do século XX e a revolta contra o sistema poderia ter sido escrita hoje 14 de novembro em Portugal.
"O homem não é criminoso o bastante para saber viver dentro deste sistema social."
É uma frase forte, mas muito bem demonstrada pela resistência e lição de vida, roçando a obstinação e por vezes cruel, de Bjartur para se tornar num homem livre.
Um romance duro, cruel, terno, irónico, doloroso, romântico, comovente e revoltante que - apesar de uma escrita densa, alguns parágrafos muito extensos, com nomes de personagens impronunciáveis e por vezes demasiado semelhantes que obrigam a um certo esforço - deveria ser lido por todos.
Provavelmente será o romance que maiores marcas me deixará em 2012 e só por si justifica o Nobel que o seu autor recebeu, sem dúvida alguns não concordarão com tudo o que Halldór pretendia dizer, aliás o autor evoluiu no pensamento político e inclusive sentiu-se defraudado com muitos comportamentos dos sistemas que defendeu, mas também dá perceber muita da revolta que gente honesta hoje em Portugal sente sem nunca ter partilhado ideais políticos de esquerda.

A Política, o Justo e o Bem

Miguel Félix António, 10.09.12
Acabei há dias de ler o livro de Pedro Rosa Ferro, "A Política, o Justo e o Bem", obra que vale a pena pela estimulante reflexão que proporciona sobre temas tão diferentes, mas tão próximos.

Excelente e escorreita prosa na abordagem dos temas e uma profundidade que nos faz distanciar da miserável politiquisse interna que nos assola.

Eu sei que durante a época da governação não há tempo para a reflexão e para a leitura.

Mas seria aconselhável que os nossos políticos se preparassem devidamente quando estão no seu percurso na oposição para, uma vez chegados ao Governo, saberem o que têm que fazer.

"submundo" - Don DeLillo

Carlos Faria, 02.09.12

 

O prólogo do livro é a coincidência de a data de 3 de outubro de 1951 corresponder ao primeiro teste com uma bomba nuclear na União Soviética e uma das tacadas mais famosas da história do basebol, eventos causadores fortes emoções em muitos norteamericanos, incluindo no coração da Bronx de Nova Iorque.
Acabada a guerra fria, um conjunto de personagens norteamericanas, mais ou menos relacionadas com a Bronx, é o fruto desse passado de dois sistemas em confronto.
O romance relata episódios, por vezes soltos, que vão recuando no tempo, e abordam medos, aspirações e disfunções sociais com mistura de cidadãos históricos ou não e factos reais ou ficcionados, unidos pela Bronx e a guerra fria.
Uma obra grandiosa que forma um puzzle do que foi a vida nos Estados Unidos durante 40 anos e onde a bola da tacada, a Bronx, a guerra fria, a arte e o lixo formam o cimento que une estas peças e justifica o comportamento das suas muitas personagens nos anos 90.
Um livro pós-moderno de grande qualidade, nem sempre de fácil leitura, por vezes deprimente, outras irónico ou introspetivo e com uma linguagem realista que pontualmente toca no calão, mas provavelmente tornar-se-á numa referência da história da literatura dos Estados Unidos.