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Forte Apache

Erro cognitivo devidamente planeado.

Maurício Barra, 30.07.13

O sistema de contra-informação que Sócrates deixou instalado na imprensa portuguesa continua no seu melhor. Transformou o dolo público das swaps aprovados durante o seu consulado em. . . . .culpa de actual Ministra das Finanças, precisamente a responsável pela sua denúncia e negociação determinada da sua solução.

De uma penada, a Ministra arranjou um pacote de três inimigos: o propriamente dito, que quer reescrever a história, os bancos “benevolentes “, que pensaram que  “mamar o Estado” era a coisa mais natural do mundo e a imprensa “amiga” , hoje já tão previsível que se conhece com antecedência o road-map ( órgãos de informação e autores ) da cadência das campanhas de “ deformação “.

A verdade a que temos direito

Maurício Barra, 26.06.13

Com a imprensa que temos, é nos blogs que podemos ser correctamente informados sobre o que possa beneficiar a actividade do actual Governo.

 

Destaques do Boletim Estatístico BdP:

Componentes da balança de pagamentos (saldo):

- Balança Corrente = + € 162 milhões (era negativo de € 22 milhões, no 1º trim);

- Balança de Bens+Serviços = + € 432 milhões;

- Balança Corrente+Capital = + € 868 milhões;

Recuperação do ritmo das exportações de mercadorias, que até Março estavam a crescer apenas 0,5% e que no final de Abril exibem uma taxa de crescimento de 4%, resultante de uma forte expansão (superior a 17%) nesse último mês.

Isto vai ser giro !

Maurício Barra, 06.06.13

« 55,3% defendem que o governo cumpra todo o mandato. Seria o primeiro a fazê-lo em coligação.Mais ou menos cambaleante, profícuo em confrontos internos, mas aparentemente resistente às pressões que também chegam da rua, da oposição e dos parceiros sociais - mais de metade dos portugueses (55,3%) querem o governo em funções até 2015, para que cumpra, assim, a totalidade do mandato. ( sondagem i/ Pitagórica, 28 de Maio )»

 

Ao contrário do pretenso clima insurreccional que grande parte da imprensa portuguesa todos os dias alimenta, ajudando a atirar areia para os olhos dos portugueses a toque de caixa da agenda política do PC, BE e amigos de Mário Soares, a maioria dos portugueses, democraticamente, incluindo aqueles que não votaram neste Governo, querem que se cumpra a legislatura até ao fim.

Assim vamos ter a oportunidade de continuar a ver, durante mais dois anos, o José Pacheco Pereira vomitar ódio todas as quintas-feiras, a insuficiente Constança Cunha e Sá tartamudear diariamente na TVI24 lógicas inconsequentes, a perfídia de Ana Lourenço exibir a agenda “gauche nouveau chic”, o Miguel Sousa Tavares a concorrer com a Clara Ferreira Alves nos comentários tremendistas, o director da SICN a convidar todas as réplicas de Mário Soares, a Maria Flor Pedroso sentar as amigas do BE à mesa para dizerem que o governo acaba sempre amanhã, o Nicolau Santos a escrever sempre sobre o mal da cura sem nunca referir o autor da doença, o autor da doença, Sócrates, falar contra o Presidente da República nas noites de domingo com uma audiência inferior à  da missa dessa manhã, Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes a competirem por "twists" e “inside information””, a Eurosondagem a fazer sondagens sempre a favor do PS, mais umas cinco ou seis greves gerais com a indiferença geral do país, o “abaixo a troika” passar a ser “ abaixo o euro” e depois  “ abaixo a Europa”, os comentadores do costume a dizerem as coisas do costume como se nós todos ainda não estivéssemos acostumados,  o Expresso a ( continuar ) recentrar a opinião política porque percebeu que a perda de leitores não é só da crise e o Público, finalmente, a deixar de mentir quando a caridade da Sonae acabar.

Isto vai ser giro !

 

Vocês tem de perceber como isto funciona.

Maurício Barra, 08.11.12

Para quem está espantado com a falta de reacção da nossa imprensa às recentes declarações de Vasco Lourenço, nas quais alimentava a estapafúrdia ideia de uma próxima guerra na Europa (porque a realidade não vai de encontro às suas “vontades de revolução permanente”), e agora constata uma reacção violenta contra Isabel Jonet, com primeiras páginas promovendo abaixo-assinados e quejandos, porque a senhora argumentou o que entendeu argumentar sobre a realidade que vivemos, tem de perceber como isto funciona: o grupo organizado que navega nas águas dos dois partidos não democráticos, com a ajuda dos radicais e idiotas úteis que para estas coisas aparecem sempre, alem das manifestações organizadas por SMS, dedica-se ao ataque de todas as situações e opiniões com que não concordam. São ataques ad hominem que visam pessoas que os incomodam, seja porque têm uma opinião diferente, seja porque pelos seus actos ocupam postos de relevância social que gostariam de destituir.

Como a senhora não deixa que a sua obra caia em mãos que ideologicamente a destruiriam em pouco tempo, vai daí organiza-se um abaixo-assinado e a respectiva promoção, do qual temos notícia porque as antenas que este grupo tem em órgãos de imprensa têm uma influência exorbitante e exploram um caso que, visto e revisto, não passa de um fait-divers em qualquer democracia.

Mas para estes profissionais da agitação e propaganda, nós não somos uma qualquer democracia. Temos de ser uma “democracia a caminho do socialismo”, na qual se tenta na rua obter o que não se conseguem ter pelo voto.

Hoje não comprei o Expresso

Maurício Barra, 27.10.12

Pela primeira vez na minha vida, e desde o nº 1, hoje não comprei o Expresso (comecei a comprá-lo ainda estava no liceu e, mais tarde, mesmo quando estava em viagem, o jornaleiro guardava-me as minhas “leituras” diárias).

Depois de na semana passada quase todos os artigos do jornal  aparentemente “terem” sido redigidos por Mário Soares, advogando numa profusão de formatos sobre a “não existência do governo”, “o governo implodiu”, “o Presidente tem de tomar conta disto”, etc, numa corrida tremendista e alucinada que a realidade contradizia e continua a desmentir – o Governo está para durar, o cumprimento do acordo com a troika está para continuar -, esta semana evita abordar a falência das suas premonições e foge como o Diabo da Cruz (tal como o PS) do assunto político da semana: o Estado que os portugueses estão dispostos a pagar.

Preferem continuar com as novelas da pequena política: Relvas, o telefonema a (e não de) Passos Coelho que já tem onze (!) meses, o Governo que põe em causa o Estado Social  (o Governo? a sério? ou  o sobredimensionamento do Estado socialista que nos levou à bancarrota?), e a  defesa das “vozes”, parceiras de estrada do BE, do PC e do soarismo radical, para que Portugal não pague a sua dívida.

Não contentes, escolhem para a primeira página desta semana um assunto de futebol, completamente extemporâneo. Se quisessem abordar o tema a sério teriam de analisar o assunto da semana nessa área de informação, ou seja, o efeito que provocará nas redes televisivas o fim das transmissões de jogos do Benfica pela Olivedesportos.  Mas esse assunto não lhes interessa: tal como os que estavam contra a televisão privada quando a SIC surgiu, não gostam de novos players na coutada do oligopólio televisivo que a Impresa quer continuar a dominar e, se por causa do marketing, não convém atacar o Benfica de frente, o  melhor é dar uma facada pelas costas.

Publicozinho

Maurício Barra, 11.10.12

A grande raiva que sinto pela cada vez mais provável exéquia do Público vai sobretudo dirigida para a aliança de esquerda fracturante que destruiu a “alma” deste jornal, depois da saída de José Manuel Fernandes.

De um jornal tecnicamente bem formatado, bem informado, bem escrito, aberto a todas as tendências desde que assinassem por baixo as suas razões, com grande equilíbrio de participação política, com um público alvo de referência (o jornal era de referência porque o seu público era de referência, uma precedência que muitas vezes os jornalistas esquecem), a “linha” que “tomou conta“ dele transformou-o num jornal da esquerda fracturante anti-governo, megafone das tendências minoritárias do espectro político. A agenda do jornal, objectivamente, começou a coincidir em grande parte com a agenda do BE e a acompanhar a estrada do PC. Aliás, a ânsia de combate político foi o primeiro sinal de deterioração do jornal, com títulos factualmente falsos. A ausência de contraditório e a desonestidade intelectual ao serviço de agendas políticas particulares passou, definitivamente, a ser a imagem do Público.

Obviamente, porque ninguém os demite, vão “estourar” com o jornal. Tenho pena dos poucos bons jornalistas que ainda ali subsistem. Os outros, que só o são nominalmente, esses terão sempre o seu publicozinho, desde que haja alguém que pague a conta, claro está!

Jornalismo ou Cãozoada

Maurício Barra, 28.09.12

Supondo que a repetição intensiva que a SICN exibiu, e continua a exibir, sobre a perseguição que faz ao primeiro-ministro em qualquer lado a que ele vá, não tenha sido encomendada pelo BE ou pelo PC (mas parece), esta exibição histriónica revela muito do que é a política editorial de uma estação de televisão.

O ódio visceral que a SIC dedicou a este governo desde o primeiro dia, porque não queria ser incomodada pela privatização da RTP, é a demonstração da arrogância de quem se considera dono da informação em Portugal e não quer, também, ver perturbada a formatação ideológica da informação que quotidianamente “ fornece” aos portugueses. Aliás, a alternativa que propôs foi a eliminação da RTP e a constituição de um duopólio que se “encarregaria”, adicionalmente, da nova televisão que viesse a ser privatizada ou concessionada.

Assim, desvirtuar o conteúdo pela forma é, habitualmente, a cacha do dia. Não começou hoje nem vai acabar amanhã. Ter ou não ter honestidade intelectual não faz parte das preocupações de muitos ansiosos primários que fazem do jornalismo o megafone diário das suas agendas políticas. Não subsistirão enquanto discurso dominante e racional, mas são notórios porque em público exercem a que deveria ser a sua profissão.

Analisando friamente, muitos dos “transmissores de notícias” do nosso país não têm como objectivo ser jornalistas, mas sim ser paparazzi do quotidiano, procurando notoriedade efémera a qualquer custo, (en)cobertos pela falta de probidade de editores que, quando os mandam reportar, efectivamente os mandam ladrar e morder, para que a notícia não seja o que a pessoa diz, mas sim a marca da mordidela na canela.

 

Obsrv: suponho que não vos escapou o ataque em alcateia dos bobbies e tarecas de Sócrates (e de Marinho Pinto) à Ministra da Justiça, pelo simples facto de a senhora ter garantido que não prescrevia a investigação ao eventual dolo público das negociações de Governo de Sócrates com as PPP's.

Portanto é assim . . . .

Maurício Barra, 14.08.12

"PÚBLICO revela que líder da equipa jurídica que assessorou o processo de compra dos submarinos se queixou de falta de informação e de omissão do Governo no negócio fechado com consórcio alemão."

Entretanto, o Ministro da Defesa afirma que não recebeu nenhum pedido de documentos da PGR.

Porque, Pinto Monteiro só vai questionar Governo sobre submarinos... após as férias!

Portanto é assim, sem nada estar pedido, analisado e relatado, o Público, em vez de investigar, investe, investe no próximo "elo fraco" que escolheu politicamente: a relação entre o PSD e o CDS nos tempos difíceis de governação dos tempos que correm.

Ficção Privada com Objectivo Público

Maurício Barra, 20.05.12

- Agradeço terem arranjado tempo para nos reunirmos  aqui, a estas horas...

- Mas o que se passa? Têm alguma cacha? Há alguma “coisa” que deve ser explorada?

- Sobre isso falamos depois. O que se passa agora é mais grave?

- Grave?

- Sim, grave. Já passou um ano depois das eleições, este governo está a aplicar o que a troika e a Merkel lhe diz, o desemprego aumenta, aumentam os impostos, tiram subsídios de férias e da Natal, e continua tudo na mesma. A cada sondagem continua tudo na mesma...

- Mas...

- É preciso passar ao ataque directo. Isolar um ministro, massacrá-lo, levá-lo a perder a paciência, a abrir flancos...

- Eh pá, isso é mais fácil de dizer do que fazer. Com o Álvaro acabou por não dar resultado.

- Estamos num momento em que não podemos desistir. Há condições objectivas para pôr este governo na rua: a eleição do Hollande, os nossos irmãos que podem ganhar na Grécia, agora é o momento.

- Mas o que propões?

- O Ministro com pior imagem é o Relvas. Arranjem qualquer coisa que o possa atingir, que venha do passado e... olha, arranjem qualquer coisa relacionada com a imprensa. Conseguimos pôr todos a malhar no gajo. O porta-aviões até é capaz de pôr isso na primeira página. E na Assembleia também apertamos com ele.

- Bom, vamos ver o que podemos fazer. Mas lembrem-se que a Directora está a ser apertada. O jornal dá cada vez mais prejuízo, algumas coisas que fizemos deram nas vistas...

- Agora não podemos estar com rodriguinhos. E se dá prejuízo, o rico que pague a crise!