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Forte Apache

PS como adversário ao crescimento económico

Carlos Faria, 24.05.13

O Governo de Passos Coelho não tem sido fértil em medidas de crescimento económico, aspeto que foi aproveitado pelo PS de Seguro para usar a bandeira do crescimento como estratégia política.

Infelizmente, Seguro parece usar esta bandeira apenas como objetivo eleitoral, pois logo que surge uma medida vinda do Governo para apoio à economia, o imediato comportamento do PS é desvalorizar o impacte dessa medida, como acontece mais uma vez com os benefícios fiscais ao investimento em Portugal anunciados ontem.

Se a injeção de dinheiro nos consumidores pode ser uma ferramenta para o crescimento, pelo que a austeridade tem efeitos recessivos, (diferente do Estado ter mesmo de cortar nas despesas apesar de os socialistas não querem falar disto) a esperança não é uma ferramenta menor, mas já se percebeu que se for necessáriao confiança dos investidores, credores e consumidores em Portugal nada pior que este PS, logo que surge uma medida ou um indicador positivo este só pensa em destruir os seus potenciais efeitos na economia sem se preocupar com o crescimento.

O PS age neste domínio contra o crescimento económico, esquecendo-se que em primeiro lugar deve estar o País e não a estratégia eleitoral do líder da oposição e nisto Passos Coelho já deu provas que é muito mais estadista que José Seguro.

Autodescredibilização de um líder de oposição

Carlos Faria, 08.04.13

Que confiança merece um político que quer ser Primeiro-ministro num futuro mais ou menos próximo para resolver os problemas de Portugal se no presente diz "Quem criou o problema que o resolva", como se as vítimas deste problema não fossem o País e o Povo que ele pretende governar?

Que autoridade moral tem um político que diz "Quem criou o problema que o resolva", quando critica governos estrangeiros ao não serem solidários com os países resgatados como Portugal, eles que consideram que os Estados sujeitos à troika devem corrigir-se no presente e à sua custa dos erros do passado?

Que credibilidade merece um político que diz "Quem criou o problema que o resolva" e a seguir tem como solução alternativa renegociar um acordo assinado por um governo vindo do seu partido com instituições internacionais criando um problema de cumprimento ao País, enquanto a outra parte não dá sinais de pretender renegociar melhores condições (antes pelo contrário) nem criou o problema nacional?

PS censura o Governo... mas honra os compromissos da troika

Carlos Faria, 23.03.13

O PS teve o cuidado de salvaguardar-se perante a troika que esta moção de censura ao governo não quer dizer que o partido pretenda deixar de honrar os compromissos do Estado.

Como estamos mesmo comprometidos é com a governação imposta pela troika através do memorando e sabendo nós da abertura da troika a vias que não sejam de austeridade, estamos conversados sobre a alternativa de António José Seguro: Existe, mas é apenas para Português ver, não a troika!

Pelo Congresso do PS-Açores compreende-se o desespero com Seguro

Carlos Faria, 27.01.13

Após o discurso populista de António Costa na abertura do Congresso do PS-Açores na Horta, que recebeu um elogio rasgado de Carlos César e uma grande ovação dos congressistas, eis que um Seguro, inseguro, agastado e desnorteado faz um triste discurso no encerramento do congresso, que, como mandam estas festas transmitidas em direto para a TV, lá teve os aplausos dos presentes no Teatro Faialense que se haviam comovido com Costa.

Seguro começou no seu novo tom de quem se sente injustiçado a tentar agarrar a máquina do partido nos Açores: elogiou José Contente (o tradicional homem do aparelho regional e seu anterior apoiante) como candidato à câmara de Ponta Delgada; o Vice-presidente do Governo (o homem das finanças do executivo açoriano), o ex-presidente César (que já dera o sinal para o apunhalarem na abertura) e o novo líder do PS-Açores e atual Presidente do Governo Regional.

Depois virou-se a atacar o Primeiro-ministro, sentiu-se pioneiro no pedido de alargamento do prazo de maturidade do empréstimo à troika, repetindo o erro de ter sido ele quem falara de mais tempo para consolidar as contas públicas, mostrando que nem ainda compreendeu o que Gaspar pediu.

Falou que teria reestruturado os fundos comunitários para apoio ao investimento, como se estes não tivessem sido definidos pelo PS no tempo de Sócrates e como se no final do QREN e com Portugal falido se conseguisse mudar rapidamente a rota iniciada e até propôs a repetição de uma receita rosa.

Assegurar o crescimento com a construção de via férrea para Madrid, mostrando persistência na veia das obras públicas para tirar Portugal da recessão como se não tivesse sido esse o caminho que nos levou à bancarrota.

Claro que ele teria dinheiro 5000 ME, vindos da ajuda e destinada à banca e outras coisas afins, só não está disponível para a reforma do Estado, pois para ele tal é só cortar no Estado Social...

Deu para compreender o desespero dos socialistas com este líder, mas foram eles que o escolheram e ainda não vi ideias de fundo alternativas vindas de quem o está a apunhalar internamente.

Revolta no PS: a traição oportunista como estratégia para pedir confiança

Carlos Faria, 26.01.13

No momento em que se previa que José Seguro apostava nas autárquicas que lhe pareciam favoráveis e seriam a sua salvação para potencialmente caminhar para Primeiro-ministro de Portugal, eis que muitos membros da máquina do seu partido logo lhe espetam facas nas costas, iniciando uma revolta interna, pedem eleições e lança-se um estratega como homem de confiança: António Costa, e este surge como que a liderar a traição.

A verdade é que esta revolta no PS surge de um núcleo que se comporta como traidores que esfaqueiam o seu líder inseguro quando pressentem que um desafio eleitoral lhe poderia dar segurança… e provavelmente são estes traidores, oportunistas que lhe querem roubar a liderança que amanhã assumirão o papel de alternativa salvadora de Portugal.

Contudo, como é que um grupo que ascende ao poder dum partido através de traições públicas aos seus camaradas e sem nenhuma estratégia política que os distinga, exceto faro oportunista, pode ser para o Povo um exemplo de pessoas de confiança?

Seguro adotou o tom de Calimero

Carlos Faria, 23.01.13

Ontem Seguro foi o único líder político a remar contra a maré. Inesperadamente, nem o BE, nem o PCP pareciam tão descontentes com o regresso de Portugal aos mercados como o PS.

Seguro ontem só tentou apagar a possibilidade de sucesso deste regresso aos mercados, como parece estar a acontecer no terreno neste momento, ao esforçar-se por transformar em derrota a estratégia do Governo com o pedido de alargamento do prazo de pagamentos à troika.

Sempre se soube que para Portugal superar os problemas da bancarrota a que nos levou o Governo de Sócrates a via não era fácil, mas Seguro, depois de uma contenção populista inicial, procurou cavalgar o descontentamento popular, não só aceitando os conselhos da via socrática do partido que nunca reconheceu os erros das suas opções políticas, mas também esperando uma rotura dentro da coligação e, sobretudo, apostando num falhanço deste governo ao nível das finanças.

É cedo para cantar vitória, até por que muitas coisas difíceis são ainda precisas de ser implementadas, mas já começaram a ser evidentes a todos os portugueses alguns sinais altamente promissores de que Passos e a sua equipa poderão ter mais sucesso do que previa Seguro.

Agora internamente no PS, com um António Costa que matreiramente não se pôs ao fogo da frente da luta política durante a crise, enquanto espreitava a estratégia do líder do PS a desmoronar-se na sua aposta externa, Seguro ontem só tinha motivos para se sentir infeliz e daí aquele tom de Calimero que adotou, mas não tem razões para dizer "è un'ingiustizia però".

Seguro cada vez mais semelhante a Sócrates

Carlos Faria, 11.01.13

Não sei se é por incompetência, defeito de ambos os líderes socialistas ou pelo facto do atual grupo parlamentar do PS ser proveniente maioritariamente da ala socrática, mas a verdade é que com o tempo cada vez mais José Seguro se assemelha a José Sócrates: um estilo inteletualóide e um tom  de arrogância crescente que dá lições ao dizer coisas ocas que demonstram um vazio de ideias e a falta de uma estratégia para o futuro de Portugal que me aterroriza.

Passos tem responsabilidades por ter deixado este PS libertar-se das culpas pelo que estamos a passar, permitindo assim que Seguro diga impunemente que tem uma via diferente com slogans gastos, mas que continuam a soar bem, embora sem terem condições técnicas de serem postos em prática num País sob o jugo da dívida.

O Governo está mesmo obrigado a cortar 4000 milhões de euros, através do número de Funcionários Públicos, no Estado Social, na redução de vencimentos ou outra via por descobrir. Assumo, nenhuma das referidas me agrada, mas uma coisa é certa, Seguro não sabe mesmo onde o Estado pode cortar esse montante e limita-se a dizer: Ali não! por ser popular e por saber que ninguém lhe ousa perguntar: Então... Onde? 

Importa-se de repetir? (XVIII)

Sérgio Azevedo, 04.11.12
Mesmo não concordando completamente com o conceito, desconfio até que nunca tal coisa foi equacionada (pelo menos na sua tradução literal), um "Estado low-cost" para os contribuintes pressupõe ser um Estado barato! Ora, se é barato significa, julgo eu, que é promotor de menos contribuições, ou seja, de menos impostos. É isto que Seguro não quer?