Primeiro café, na bomba de gasolina, para regressar ao mundo dos vivos. O segundo e o terceiro, já no restaurante vizinho do local de trabalho, têm o meritório propósito de restaurar as capacidades cognitivas. Já os cigarros que se lhes seguem dão testemunho de uma grande modéstia: provam a convicção de não fazer grande falta neste mundo.
Quem já está a pé há muito acha-se no direito de inquirir: Então estas bestas vão ao bolso dos miseráveis? E sobre aquelas merdas de que tu falas, a RTP, e as fundações, e o catano, nada?
Este maduro é malcriado e, sabendo das minhas inclinações partidárias, acha que sou solidariamente responsável com o dia a dia da governação. Resmungo: Que foi agora?
Foi isto.
Respondo: Isso deve dar uma poupança e pêras, com esses mais que muitos desempregados. Mas, realmente, sem ir aos outros, não vejo como se pode ir a estes. E agora deixa-me fumar em paz.
Já na banca onde me ocupo do meu presente e do meu futuro, dedico, por generosidade, algum tempo ao País, passando os olhos pela minha blogosfera de estimação. Tropeço nisto. E penso:
Que diabo, nos blogues da área não-socialista há muito por onde escolher em artigos destes. E há no Governo quem tenha escrito isto.
O café e o tabaco não devem estar a fazer efeito. Preciso de mudar para alguma coisa mais forte.